08/09/2020 às 12h24min - Atualizada em 08/09/2020 às 12h24min
UFU figura entre as principais universidades do mundo
Ranking internacional aponta ainda que a instituição é a 55ª da América Latina
SÍLVIO AZEVEDO
Entre as brasileiras, instituição uberlandense ficou com a 39ª melhor nota apontada no levantamento | Foto: Divulgação/UFU A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) apareceu pela primeira vez no THE World University Rankings 2021, que lista as melhores instituições de ensino superior do mundo. Entres as 1.572 instituições avaliadas, a uberlandense aparece empatada com outras universidades na posição 1001+ (1.151). Os critérios avaliados englobam o ambiente de aprendizagem, o volume de pesquisa, a reputação da instituição, as citações, a capacidade de transformar o conhecimento em recursos para a sociedade e a internacionalização.
Das 52 universidades brasileiras citadas no ranking, liderada pela Universidade de São Paulo (USP), que ficou entre as 250 melhores, a UFU ficou com a 39ª melhor nota.
Segundo o diretor de Relações Internacionais e Interinstitucionais da UFU, professor Waldenor Barros Moraes Filho, mesmo com as bases de pesquisa para formação do ranking seguirem basicamente o modelo das universidades do Hemisfério Norte, é muito importante fazer parte da lista, pois estimula as instituições a rever seus processos, além de tornar as universidades visíveis internacionalmente, possibilitando a manutenção e ampliação da rede de parceiras.
“Não dá pra se pensar em produção de ciências isoladamente. Temos um pesquisador que trabalha com nanotecnologia que trabalha em parceria com a Universidade da Califórnia. Então a internacionalização te permite isso, essas produções articuladas de conhecimento. E o ranking permite que você participe desse movimento”.
Atendendo às necessidades acadêmicas com a universalização da educação, o diretor acredita que é necessário que as instituições se adequem às realidades, principalmente para atender exigências de outras universidades.
“Esse movimento iniciado pelas universidades públicas começou a se multiplicar e nos atingir. Em que sentido? Tem instituição de ensino que só faz acordo com aquelas que estão no ranking. Por exemplo, a Universidade de Shangai (China) só aceita ser parceira das universidades que constam entre as 100 primeiras melhores do mundo. Com isso, as universidades federais começaram a ingressar nesses rankings, ainda que com críticas”, explicou.
Entre as ressalvas, Waldenor aponta que o ranking não considera o impacto social que as universidades da América Latina têm com a comunidade. “Pra nós não é só produzir ciência. É contribuir para a sociedade a nossa volta. Então as universidades da América Latina têm um impacto local e regional muito forte. E isso você não muito nesses rankings, pois eles se baseiam em produção científica, o índice de impacto das produções, de citação de publicações”.
A UFU já figurava entre as melhores universidades da América Latina, após pesquisa divulgada pela THE Latin America University Rankings, com uma 55ª colocação entre 166 instituições de 13 países e a 29ª entre as brasileiras. O ranking é uma adaptação regionalizada do THE World University Rankings 2021.
“Atrás da UFU existem dezenas de universidades federais maiores que não conseguiram atingir um parâmetro. A diferença dos parâmetros usados nos dois rankings é a avaliação mais profunda de como a universidade impacta na comunidade a sua volta. Isso é um índice significativo. Não é fácil ingressar nesse ranking”, finalizou Waldenor Barros.