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01/04/2020 às 16h23min - Atualizada em 01/04/2020 às 16h23min

Câmara Municipal de Uberlândia faz sessões virtuais

Mesa diretora usa aplicativo para fazer reunião por videoconferência durante período de isolamento

SÍLVIO AZEVEDO
Foi a primeira sessão remota da história da Câmara de Vereadores | Foto: Sílvio Azevedo
Como medida preventiva aos impactos causados pelo novo coronavírus, a Câmara Municipal de Uberlândia realizou nesta quarta-feira (1º) a primeira sessão ordinária do mês de abril de forma virtual, com apenas os membros da mesa diretora no plenário.

Para a realização da sessão virtual, a Câmara comprou a licença de um aplicativo de videoconferência pelo valor de US$15, pago pelos vereadores que fazem parte da mesa diretora. Para os legisladores, é a maneira encontrada para não interromper os trabalhos da Casa.

O aplicativo foi instalado nos aparelhos celulares e computadores dos vereadores, que participaram de casa, ou dos próprios gabinetes. Segundo o presidente da Casa, Ronaldo Tannús, a sessão aconteceu normalmente e o sistema funcionou bem.

“Foi a primeira sessão remota da história da Câmara. Usamos o mecanismo Zoom, que adquirimos por 15 dólares, pagos com rateio entre os membros da mesa diretora. A sessão aconteceu da melhor forma, sem queda de sinal. E conseguimos a interação com os demais vereadores, alguns em home office e outros nos gabinetes”, disse.

O único vereador que não compõe a mesa, mas estava presente no plenário, foi Neivaldo Silva, o Magoo (PDSB). O parlamentar lembrou que foi criada uma comissão para estudar a possibilidade de desenvolver uma sessão virtual na Câmara, mas que o maior empecilho foi o alto custo.

“O software da empresa que instalou o painel aqui da Câmara, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, só para implantar o sistema queria R$ 70 mil no programa mais R$ 3 mil de manutenção mensal. Optamos por utilizar um aplicativo gratuito, mas que permite a realização de forma correta da sessão”, destacou.

Segundo Adriano Zago (PDT), essa é uma alternativa para manter os trabalhos da Câmara, assim como está acontecendo com o Congresso e o Senado. “Estamos tentando nos adaptar a essa situação porque a cidade não pode parar. Precisamos aprovar projetos do executivo e de vereadores. Está certo que essa é a primeira sessão nesse formato, ainda em fase de adaptação”.

Já para Walquir Amaral (SD), a sessão virtual não tem o mesmo clima do plenário, restringindo parcialmente e tirando a liberdade e flexibilidade na tratativa dos projetos, mas acredita que, pelo atual cenário, é uma alternativa válida.

“É uma ideia desbravadora, no entanto vemos a necessidade de dar andamento nos trabalhos da casa e o recurso que temos e estamos replicando. Acredito que vai, na sua essência a sua demanda”, disse.

PROJETOS
Foram apreciados três projetos na sessão virtual. O de maior relevância foi a regularização da Vila Marielza, loteamento que aguarda 50 anos para ser legalizado. “Em 2018, a Prefeitura fez um projeto para legalizar o loteamento, mas para isso, o loteador precisa fazer o registro cartorário. E dentro da legislação, dentro das exigências, além de apresentar o projeto no cartório, ele tem que apresentar o levantamento planialtimétrico para que a Prefeitura possa fazer as obras necessárias. O MP deu um prazo de até um ano para que o proprietário fizesse esse registro e ele se colocou à disposição. Além disso, os proprietários dos lotes terão liberdade de ligar a água e energia elétrica sem depender da empresa de loteamento”, disse Antônio Carrijo (PSDB), que é autor do projeto junto com o vereador afastado Hélio Ferraz, o Baiano, (PSDB).

Os outros projetos tratam de autorizar o Executivo a instalar faixas ou pistas para uso exclusivo de motociclistas em vias de grande circulação, apresentado pelo Pastor Átila Carvalho (PP), e a garantia da realização de exames para diagnóstico e tratamento da fenilcetonúria (PKU), hipotireoidismo (TSH), anemia falciforme, fibrose cística, glicemia, dosagem da imunoglobulina (lgA) e todos os demais procedimentos que vierem a ser instituídos nos serviços de atendimento a recém-nascidos, de autoria da vereadora Dra. Jussara Matsuda (PSB).











 

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