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21/01/2020 às 08h40min - Atualizada em 21/01/2020 às 11h55min

Ações conscientizam sobre a hanseníase em Uberlândia

Rede municipal de saúde promove a Semana de Luta contra o Preconceito

VINÍCIUS LEMOS
Em 2019, a rede municipal de saúde registrou 53 novos casos de hanseníase na cidade e por isso Uberlândia aderiu à Semana Mundial de Luta contra o Preconceito pela Hanseníase. As atividades começaram nesta segunda-feira (20) e vão até a próxima sexta-feira (24) em várias unidades de saúde. O objetivo é levar informações sobre a doença, melhorar diagnósticos e combater o preconceito.

A abertura das atividades aconteceu na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do bairro Campo Alegre. No total, serão oito palestras e rodas de conversas em diferentes unidades de saúde (veja programação abaixo) sobre sinais, sintomas, a importância do diagnóstico precoce da doença e do tratamento.

As ações acontecem em parceria da Secretaria de Saúde com o Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária e Hanseníase do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (Credesh/HCU-UFU), o Movimento de Reintegração da Pessoa Atingida pela Hanseníase (Morhan), da Casa das Bem Aventuranças (CBA), da Sociedade Brasileira de Hanseologia e do Instituto Aliança Contra a Hanseníase (AAL).

Os novos casos da doença em 2019 representaram quase 60% do total de 89 atendidos no Município. Segundo a assistente social da Vigilância Epidemiológica de Uberlândia, Neuma Martins Sá, o número se manteve estável no último ano e as atividades dos próximos dias poderão ajudar numa futura redução ou mesmo no tratamento mais rápido.

“Vamos trazer informações sobre sinais e sintomas a para comunidade e profissionais de Uberlândia. Assim é possível pegar os casos precocemente. Uma vez que a população esteja informada isso faz com que ela chegue mais rápido”, disse. Além disso, o preconceito contra a hanseníase é debatido e diminuído.
 
A doença
A hanseníase é causada pelo chamado bacilo de Hansen e ataca pele e os nervos em volta da área afetada. É infectocontagiosa e manifesta-se principalmente por meio de lesões na face, mãos, braços, pernas, costas e pés. Dor, sensibilidade, aparecimento de manchas brancas e vermelhas, dormência e perda de força nos músculos são alguns dos seus principais sintomas.

Ainda que o tempo de multiplicação do bacilo seja lento (em média de 11 a 16 dias), o parasita pode permanecer no organismo humano de dois a sete anos. Ele é transmitido por via respiratória (espirro e tosse), especialmente por meio do convívio íntimo e prolongado.
 
Tratamento
O tratamento contra a doença é feito num período de 6 a 12 meses e totalmente coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Credesh. A porta de entrada, contudo, pode ser qualquer unidade de saúde do Município, que identifica a doença e faz o encaminhamento. A medicação também é fornecida e o atendimento é feito por equipe multiprofissional, com médicos, assistentes sociais, técnicos, enfermeiros, entre outros profissionais.

Neuma Martins Sá cita que muitos pacientes ao perceberem certa melhora pensam estar curados e deixam de seguir o protocolo. Entretanto, há busca dessas pessoas para finalização dos cuidados e para que haja cura.
 
Sinais e sintomas
 
  • Áreas na pele que ficam secas, sem pelo, sem suor e com perda de sensibilidade
  • Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, e caroços na pele
  • Dormência e/ou formigamento que podem ser percebidos como coceiras, ardência, em qualquer parte do corpo, principalmente em pés e mãos
  • Dor nos nervos responsáveis pela sensibilidade e a força nos braços e pernas
 
Programação
21/1(terça-feira)
18h30 – Roda de conversa na sala de espera – UBS Tocantins
 
22/1 (quarta-feira)
8h – Roda de conversa na sala de espera – UAI Roosevelt
19h30 – Roda de conversa na sala de espera – UBS Brasil
 
23/1 (quinta-feira)
8h – Roda de conversa na sala de espera – UBS Dom Almir
10h – Roda de conversa na sala de espera – UAI Tibery
 
24/1 (sexta-feira)
8h – Roda de conversa na sala de espera – UAI Luizote
13h30 – Roda de conversa na sala de espera – UAI Luizote








 
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