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16/01/2020 às 10h01min - Atualizada em 16/01/2020 às 10h01min

Coleta seletiva chega a mais 16 bairros de Uberlândia

Algumas associações de recicladores ainda precisam se estruturar para receber os materiais

SÍLVIO AZEVEDO
Alessandro diz que os associados não estão sendo ouvidos sobre os novos locais | Foto: Sílvio Azevedo

O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) anunciou a ampliação no número de bairros que serão atendidos pelo serviço de coleta seletiva, passando dos atuais 29 para 45, com expectativa de aumento de volume recolhido em 20%, das atuais 200 toneladas para 240 toneladas.

Passarão a ser atendidos pelo serviço os bairros Tubalina, Planalto, Chácaras Tubalina e Quartel, Altamira, Morada da Colina, Jardim Inconfidência, Pacaembu, Santa Rosa, Maravilha, Marta Helena, Lagoinha, Carajás, Pampulha e Nossa Senhora das Graças, Parque Residencial Camaru e Jardim Botânico.

Todo o material recolhido pelo caminhão da coleta seletiva é encaminhado para cinco associações e uma cooperativa de recicladores. De acordo com o vice-prefeito e diretor geral do Dmae, Paulo Sérgio Ferreira, os trabalhos começam no dia 20 deste mês, informando a população sobre o novo serviço.

“O trabalho será da mesma forma. No dia 20 começamos um trabalho de conscientização indo de casa em casa dos 16 bairros novos que serão atendidos levando folheto, imã de geladeira avisando os dias da semana que o caminhão vai passar no bairro”, disse.

Para atender a demanda, Paulo Sérgio informou que novos galpões serão alugados pelo Dmae e cedidos para o trabalho das associações. “Esse trabalho atingirá 60% de toda cidade. Conseguimos a locação de novos galpões adequados para que elas possam se instalar, pois os locais que estão hoje ainda são um pouco inadequados para a atividade que eles fazem”.

Essa é uma das preocupações do diretor da Associação de Catadores e Recicladores de Uberlândia (Acru), Alessandro Inácio Pereira, que tem 15 associados que atuam diretamente com o material recolhido pela Coleta Seletiva.

“Infelizmente não temos condições de receber mais material. O espaço físico é pequeno. Se for medir, tenho 565m² e para receber mais, eu tenho que ter mais associados. Mas como se o espaço é pequeno? Hoje, por espaço físico, não temos condições de receber mais material”, diz.

Alessandro ainda reclama que os associados não estão sendo ouvidos na decisão sobre os novos locais onde as associações serão realocadas. “Existem dois lados dessa história. O Dmae, que faz a gestão da coleta seletiva e nós, que fazemos a separação. Não estamos sendo procurados para ver a instalação onde seremos colocados futuramente. As duas partes têm que se envolver na locação desse imóvel para ver a logística e espaço físico”.

Em nota, o Dmae informou que está negociando com as associações de recicladores a instalação delas em um espaço com uma infraestrutura que atende às necessidades dos profissionais, considerando o aumento da quantidade de material reciclável com a ampliação da coleta seletiva.

O diretor de resíduos sólidos do Dmae, Adicionaldo dos Reis Cardoso, explicou que um prédio já foi alugado no Distrito Industrial e que outro está em processo de locação. “Os prédios terão toda segurança, inclusive o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para funcionarem. Caso a gente perceba que há a necessidade, vamos fazer um chamamento público para a locação de um terceiro prédio”, explicou.














 


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