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22/01/2020 às 09h50min - Atualizada em 22/01/2020 às 11h25min

Valor de repasse da Zona Azul chega a R$ 2,2 mi

Quantia é referente ao que foi encaminhado ao Município de Uberlândia em três anos

VINÍCIUS LEMOS
Serviço de parquímetro é administrado desde 2017 pela Icasu em Uberlândia | Foto: Arquivo/Diário de Uberlândia
Desde 2017, o serviço de estacionamento rotativo repassou R$ 2,2 milhões para a compra de medicamentos e insumos para a secretaria municipal de Saúde em Uberlândia. Os números da Prefeitura apontam que 700 tipos de itens foram comprados no período. A qualidade do serviço, entretanto, é questionada por alguns usuários.

O valor repassado é a diferença entre o bruto arrecadado e o custo operacional da Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia (Icasu), responsável pelo trabalho. Em cerca de três anos de serviço, o custo ficou em aproximadamente R$ 5,05 milhões.

A compra dos produtos para a Saúde é feita pela Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia (Icasu), a partir do valor disponibilizado e por pedidos específicos feitos pela pasta, de acordo com o que é necessário para o Município.

Em 2017, a Icasu foi contratada para administrar o serviço de estacionamento rotativo em regime emergencial. A Instituição teve o contrato renovado em abril de 2019. Ainda no ano passado, a Icasu foi a única a apresentar documentação que a tornava apta ao gerenciamento da chamada Zona Azul em processo feito pelo Município.

Atualmente há 22 monitores para atendimento de motoristas, no uso de pouco mais de 3,6 mil vagas de estacionamento rotativo, no Centro e entorno da região central de Uberlândia. Há ainda 119 parquímetros na mesma área coberta pela chamada Zona Azul. A manutenção dos equipamentos é de responsabilidade da Icasu.

A fiscalização do uso das vagas não é de responsabilidade dos monitores, que podem, no máximo, deixar um aviso no veículo de que ele está estacionado sem o pagamento da taxa do rotativo. O veículo pode ficar até 15 minutos estacionado sem o pagamento e não pode ocupar a vaga por mais de duas horas, mesmo pagando pelo estacionamento.

Em 2019, 48 infrações do tipo foram registradas pelos agentes da secretaria de Trânsito e Transportes (Settran), de acordo com dados do Município. Como explicou o secretário da pasta, Divonei Gonçalves, apenas os agentes de trânsito municipais têm a prerrogativa de aplicar multas. Ele explicou que não existem equipes específicas para esse trabalho. “Depende da escala e demanda do serviço da cidade”, disse.

QUALIDADE
Em conversas com usuários do estacionamento rotativo, a principal reclamação recebida pelo Diário de Uberlândia sobre o sistema foi a falta de monitores. “Já não é fácil arrumar moeda para colocar no parquímetro e a gente fica com dificuldade de achar um monitor para tentar pagar de outra forma”, disse a motorista Claudiene Pacheco. Ela disse ainda que vai ao Centro da cidade pelo menos duas vezes por semana e sempre tem que trocar notas por moedas no comércio.

Sobre a reclamação, Divonei Gonçalves explicou que o número de monitores é suficiente para a demanda da cidade e que há outras formas de pagamento, que podem ser buscadas pelos usuários.

“[Pagamento com] Cartões de crédito e débito, que não tinha antes, nós colocamos junto com a Icasu, [além do] cartão recarregável ou do pagamento no próprio equipamento com a moeda. Temos o aplicativo Fácil Estacionar ou um ticket avulso que você pode comprar com o monitor. A gente sempre pede para que todos possam pagar a tarifa, que ajuda o usuário e o sistema. O espírito disso é democratizar o estacionamento onde há maior procura, para que todos tenham oportunidade de usar o espaço de igual para igual”, afirmou Gonçalves.










 

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