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24/10/2019 às 15h32min - Atualizada em 24/10/2019 às 17h26min

Biodiversidade aquática do Rio Uberabinha é inventariada

Estudo é feito por biólogos de Uberlândia e Lavras e inclui ainda a qualidade da água

SÍLVIO AZEVEDO
Estudo contempla amostras de 30 cursos de água da bacia hidrográfica do Uberabinha | Foto: Roberto Chacur/Divulgação
Um estudo realizado pela organização não governamental (ONG) Associação para a Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (Angá) visa inventariar a biodiversidade aquática da bacia rio Uberabinha. A coleta de dados do “Diagnóstico Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Uberabinha” começou no dia 9 e segue até nesta quinta-feira (24).

Os organismos aquáticos inventariados são os peixes e macroinvertebrados bentônicos, que é um grupo constituído por insetos aquáticos, moluscos e anelídeos presentes tanto no Rio Uberabinha quanto em seus tributários (rios menores) no alto, médio e baixo curso, como as ninfas (larvas) de libélulas, minhocas, sanguessugas e caracóis.

Para realizar o trabalho foram contratados pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA). São duas equipes com cinco biólogos com especialização em diferentes áreas.

O estudo fará a amostra de 30 cursos de água incluindo riachos e o próprio rio Uberabinha em toda extensão da bacia, com pontos em Uberaba, Uberlândia e na região de Tupaciguara.

De acordo com a bióloga Renata de Moura Guimarães Souza, uma das coordenadoras do estudo, a pesquisa também avaliará a qualidade da água da bacia do Uberabinha e para isso, utilizarão os próprios animais encontrados no rio.

“Para isso utilizamos a comunidade de peixes e macroinvertebrados como indicadores de qualidade, além de aplicar um protocolo de avaliação de integridade do habitat. Um protocolo que mede mais de 200 métricas do ambiente que, ao final, conseguimos gerar índices e poderemos explicar os padrões de biodiversidade e também quais os principais fatores que estão influenciando na distribuição dos organismos”.

Para chegar aos resultados, serão realizadas análises físicas e químicas de qualidade da água, coleta de parâmetros de qualidade como PH, temperatura, condutividade, oxigênio dissolvido. “São parâmetros que ajudam a caracterizar a qualidade da água. Com os dados será possível entender como está a qualidade ambiental da bacia hidrográfica e, a partir deles, prever ações de recuperação de áreas onde alguma ação foi necessária”, disse a bióloga.

Esse é o segundo estudo da bacia hidrográfica do Rio Uberabinha realizado pelo Instituto Angá. O primeiro foi em 2015, com o propósito de realizar um diagnóstico ambiental na bacia para orientar na proposição de políticas públicas que trabalhem com a sustentabilidade da diversidade biológica e dos recursos hídricos.

“Esses dados vêm para complementar as informações obtidas nesse estudo anterior. Em relação à comunidade de macroinvertebrados bentônicos nós já temos alguns dados na bacia obtidos por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia. Esses dados da Angá vêm no sentido de complementar os já existentes”, explicou Renata.

Os resultados e o relatório final da pesquisa deverão ser apresentados no início de 2020 para órgãos ambientais, instâncias do poder público e diversos setores da sociedade organizada através de oficinas e mostras nos municípios de Uberaba, Uberlândia e Tupaciguara, que integram a Bacia Hidrográfica do Rio Uberabinha.








 

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