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11/09/2019 às 17h02min - Atualizada em 11/09/2019 às 17h02min

Prefeitura de Uberlândia intensifica vacinação contra sarampo em locais de grande circulação

Empresas também podem solicitar serviço de imunização à Prefeitura; dez casos já foram confirmados na cidade

GIOVANNA TEDESCHI
Funcionários foram vacinados no Terminal Rodoviário e no Aeroporto | Foto: Cleiton Borges/ Secom
Com a nova confirmação nesta quarta-feira (11), Uberlândia tem 10 casos de sarampo registrados até o momento, 58 sob investigação e nenhum óbito. Por isso, o Município tem promovido uma série de ações para vacinar a população. 

Nesta terça (10), equipes foram ao Terminal Rodoviário da cidade para imunizar funcionários e prestadores de serviço do local. Trabalhadores do aeroporto de Uberlândia também receberam a vacina na última semana.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Cláubia Oliveira, a imunização é importante nesses locais porque os funcionários têm contato com muitas pessoas de outros países, cidades ou estados. “O objetivo é que as pessoas que atuam no atendimento ao público, que estão mais expostas, tenham a vacinação garantida”, afirma. 

Há vacinação também em unidades de saúde, escolas, supermercados e outros locais de grande circulação com foco nos funcionários. Empresas também podem solicitar que a prefeitura realize ações nos locais de trabalho. 

Há dois tipos de ação: a de imunização de pessoas que já deveriam estar vacinadas, mas não sabiam ou não procuraram uma unidade de saúde, e o bloqueio vacinal, que ocorre quando há contato com um portador do sarampo. Nesse segundo caso, só recebe a vacina quem não tomou ainda.

No evento Uberlândia Viva, que acontece toda semana em diferentes bairros da cidade, a prefeitura também oferece vacinação. A próxima edição, neste domingo (15), ocorrerá no bairro Morumbi e contará com reforço na imunização contra a doença.

Segundo Oliveira, os casos de sarampo não têm aparecido em nenhuma região específica da cidade. “A transmissão da doença se dá através da fala, da tosse, do espirro. Se eu moro no São Jorge, por exemplo, e pego um ônibus que passa pelo centro da cidade. Outra pessoa [no ônibus] mora no Morumbi. Se ela não está vacinada, ela está sujeita ao adoecimento”, explicou.

INCIDÊNCIA EM UBERLÂNDIA
Uberlândia é município com mais casos de sarampo em Minas Gerais. Dos 18 confirmados, 10 estão na cidade. Para a coordenadora Oliveira, além de Uberlândia ser um local de transição (passam por aqui pessoas de estados como São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul), a cobertura vacinal tem diminuído no país todo desde 2016.

“As pessoas não acreditavam que essas doenças existissem. Então, agora a gente está tendo um aumento significativo na procura pela vacina porque as pessoas estão entendendo que o sarampo existe sim e que a forma de prevenir é através da vacinação”, explica.

Na cidade, há 74 unidades de saúde, entre Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Atendimento Integrado (UAI). “Nós temos um grande município, segundo maior de Minas Gerais, e claro que a incidência é grande. O número de casos é grande, mas em relação à nossa população está dentro do esperado”, afirma Oliveira.

SERVIÇO
A tríplice viral, vacina que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível nas unidades de saúde de Uberlândia. Ela pode ser tomada de segunda a sexta nas UBSFs (7h30 às 16h30), nas UBSs (8h às 18h30) e nas UAIs (8h às 20h). 

Além disso, as UAIs dos bairros Tibery, Pampulha, Luizote e Martins oferecem a imunização aos sábados, em setembro, das 8h às 12h.

Crianças de 6 a 11 meses de idade devem tomar uma primeira dose de proteção imediata, que não vale para a vida toda. Quando fazem um ano tomam a primeira dose válida e, três meses depois, a segunda dose, que protege pelo resto da vida.

Pessoas com até 29 anos devem ter duas doses da tríplice viral. Se ainda não têm certeza que tomaram, devem comparecer a uma unidade de saúde e vão receber uma dose e, depois de 30 dias, mais uma. Quem tem de 30 a 49 anos, recebe uma dose extra se ainda não tiver sido imunizado.

Acima dos 50 anos, o Ministério da Saúde não recomenda a imunização porque considera que a pessoa já teve contato com a doença ou já foi vacinada anteriormente.

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