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31/08/2019 às 11h35min - Atualizada em 31/08/2019 às 11h35min

Projetos sociais unem educação e cultura em Uberlândia

Jovem aprendiz conta como uma iniciativa transformou sua vida

ADREANA OLIVEIRA
Gabriela Borges Martins é jovem aprendiz na Algar Telecom | Foto: Adreana Oliveira

Durante uma conversa com Gabriela Borges Martins, é possível esquecer, por alguns instantes, que ela tem somente 18 anos de idade. Bem articulada, determinada, sabe muito bem o que quer e principalmente o que não quer para a sua vida.

Criada pela mãe juntamente com dois irmãos, um mais velho e um mais novo, desde cedo ela se preocupava ao ver a mãe se desdobrar para conseguir manter a casa e cuidar dos filhos. “Na época, ela não era efetivada na prefeitura e não tínhamos apoio de nenhuma bolsa do governo. Até hoje, só utilizamos o Minha Casa Minha Vida.”

Aos 8 anos, ela ficou sabendo sobre um projeto social que dava oficinas para crianças e jovens no Clube Cesag, no bairro Alvorada. Moradora do Jardim Sucupira, cerca de 2 km do local das oficinas, ela resolveu saber mais. Foi ali seu primeiro contato com um projeto do Instituto Algar de Responsabilidade Social.

Naquele momento, o foco não era o trabalho, devido à pouca idade. Ela ingressou no que hoje é o Programa Transforma em oficinas de literatura e artes cênicas. “Todo mundo deveria fazer artes cênicas. Me ajudou muito a trabalhar minha autonomia, meu emocional e a convivência social e a lidar com possíveis frustrações. Não te prepara só para uma carreira artística, e sim para a vida”, afirmou.

Aos 14 anos, ela começou a trabalhar no Instituto. “Era a primeira a chegar e a última a sair. Tenho muito orgulho do primeiro salário que recebi e entreguei para a minha mãe. Ajudei na despesa de casa e descobri ali que não queria depender de ninguém”, diz a jovem, que ainda define sobre qual curso superior vai fazer. “A minha convivência com os valores da Algar me fizeram ver o quanto eu gosto de lidar com gente. No meu trabalho trato todo mundo como igual, do presidente da empresa a um morador da periferia.”

Casada, Gabriela não mora mais com a mãe, mas mantém proximidade com ela e o irmão mais novo. O mais velho mudou-se para outra cidade. “Fico feliz em ser um exemplo para outras pessoas e grata por tudo que aprendi no Instituto. Valeu a pena toda caminhada para as oficinas.”
 
FOCO EM EDUCAÇÃO
A gerente de projetos sociais do Instituto Algar de Responsabilidade Social, Marthina Endo, explica que, desde 2002, em sua criação, o instituto tem amadurecido seu foco em educação. “Aprendemos no processo e temos hoje programas maduros que deram resultado e impactam as comunidades nas quais estão inseridas as empresas do Grupo Algar.”

O instituto tem projetos educacionais, um grupo de voluntariado e apoia iniciativas socioculturais e educativas via incentivo fiscal. A atuação se dá mediante demanda da comunidade. Entre os projetos estão o Talentos do Futuro, que prepara jovens para a inserção no mercado de trabalho, e o Conectados, voltado para proporcionar aos professores e gestores pedagógicos de escolas públicas o uso da tecnologia em sala de aula.

O Transforma é um dos programas mais antigos e foi reformulado recentemente. Agora, oferece atividades no contraturno escolar nos espaços das instituições parcerias.

As ações dos voluntários do grupo têm hoje ações contínuas que duram pelo menos um ano. Temos atividades como o Clube da Correspondência, que incentiva a leitura e a escrita, e ações pontuais com demandas específicas, tudo de acordo com o que a comunidade precisa e passa pela avaliação do comitê”, diz Marthina.


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