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01/06/2019 às 08h54min - Atualizada em 01/06/2019 às 08h54min

Denúncia sobre falta de repasse preocupa moradores na área do Glória em Uberlândia

Associação não confirma boato, mas irá reunir com MPF e direção da Cohab

MARIELY DALMÔNICA
Área do Glória está em processo de regularização fundiária desde o ano passado | Foto: Vinícius Lemos
Desde que a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) cedeu uma área do campus Glória para regularização fundiária, há pouco mais de oito meses, 2.067 famílias cadastradas pela Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab-MG) pagam uma mensalidade de pelo menos R$ 125 como contribuição para as melhorias do bairro. Nesta semana, uma denúncia anônima de que os repasses não estariam sendo feitos há dois meses preocupou os moradores do Glória.

Segundo Mineia Nunes Rende, presidente da Associação de Moradores do Bairro Elisson Prieto (Ambep), nome provisório do local que ainda precisa ser oficializado pelo Município, o boato chegou até os moradores, que a procuraram perguntando sobre a veracidade da notícia. “Disseram que o Estado não estava fazendo o repasse para o fundo da Cohab. Ficamos sabendo por uma pessoa que pediu sigilo. Não tem nada oficial, mas já informamos o Ministério Público.”

No dia 28 de junho, a presidente irá se reunir em uma audiência com o Ministério Público Federal (MPF) e com os representantes da Cohab. “Vamos sanar todas as nossas dúvidas. Queremos a prestação de contas de todos esses meses. O valor deve estar quase em R$ 2 milhões. Nós nunca soubemos quanto é a arrecadação por mês, precisamos saber quanto tem de inadimplência”, afirmou Rende. O valor de cada lote residencial ficou definido em R$ 30 mil, segundo a presidente.

Ainda de acordo com Rende, nenhum projeto que estava sendo feito na gestão anterior da Cohab ficou pendente nos últimos dois meses. “A Cemig está finalizando o serviço de eletricidade. Temos um problema grande de uma erosão que divide o bairro, mas nada ficou para ser feito nos próximos meses, tudo tem que ser protocolado com a Prefeitura antes”, disse.

De acordo com Alessandro Marques, ex-presidente da Cohab, a conta do fundo estava em dia quando ele deixou a direção, há cerca de dois meses. “Todos os recursos estavam depositados. A gente deixou pronto um projeto para a rua geral”, afirmou. Marques disse que após ter saído da direção, não recebe mais informações sobre os repasses, mas segundo ele parte do fundo foi regularizada na quinta-feira (30).

Em nota, a direção da Cohab informou que o saldo atual da conta relativa ao Fundo do Glória “está em plena conformidade com os valores pagos pelos moradores do Bairro Élisson Prieto, que variam mensalmente em decorrência de eventuais pagamentos por parte dos moradores em datas divergentes”.

Disse ainda que a atual gestão tem feito “todos os esforços para que as etapas sejam cumpridas, conforme previsto no Termo de Compromisso” e que “o recurso arrecadado seja devidamente aplicado na implantação dos projetos”.

A nota finaliza afirmando que nenhum dos compromissos assumidos e pactuados em cronograma estão atrasados.

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