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08/05/2019 às 14h49min - Atualizada em 08/05/2019 às 15h29min

​Empresários pedem conclusão de anel viário sul e gasoduto em Uberlândia

Pauta foi discutida nesta quarta (8) durante visita do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico; outras demandas foram apresentadas no encontro

VINÍCIUS LEMOS
Visita do secretário de Estado ocorreu na sede da Fiemg em Uberlândia | Foto: Vinícius Lemos
Com o intuito de ouvir as demandas do município para o governo mineiro, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Vítor de Mendonça, esteve em Uberlândia nesta quarta-feira (8) a convite do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Uberlândia (Coden). Na ocasião, foi entregue documento com 10 reivindicações do empresariado local entre elas a conclusão do anel viário e do gasoduto.

A conclusão do anel viário sul em Uberlândia foi uma das demandas trazidas pelo Coden e apontada como prioritária ao lado da formatação de um projeto de tributação para fazer Minas Gerais mais competitiva na chamada guerra fiscal com estados como São paulo e Goiás, além do desenvolvimento de políticas públicas para fomento do polo tecnológico.

A pauta a ser discutida com Mendonça também trazia pedidos como ampliação do aeroporto de Uberlândia, ajuda para finalização à obra do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), duplicações das rodovias MGC-452 e MGC-497, bem como a finalização do gasoduto que passa pelo município.

Essa foi a primeira vez que o representante do Executivo estadual esteve na cidade desde que empossado como secretário de Estado da pasta.  O presidente do Coden, Luiz Alberto Garcia, salientou que a visita era uma vontade mútua e que a cobrança é por um estado de menor intervenção.


 
“'Estado empresário' nunca funcionou em lugar nenhum do mundo. O empresário está com pé no freio esperando o que vai acontecer, mas nós [empresariado] temos que fazer acontecer”, disse.


Por parte do governo, não houve anúncios de investimentos ou de mudança na política tributária na ocasião. Entretanto, o secretário de Desenvolvimento Econômico afirmou que o momento é de ouvir e elaborar um plano de ação para os quatro anos de governo.

“Construímos nosso planejamento estratégico para os quatro anos de governo, esse é o primeiro polo e a cidade que visitamos para ouvir a região para inserirmos em nosso planejamento”, afirmou.

AÇÕES
Sobre os investimentos, como a obra do anel viário, o secretário explicou que é preciso equilibrar as contas do Estado e que não há previsão de término da obra. Anteriormente, o governo afirmava que era preciso que o município finalizasse as desapropriações necessárias para a continuidade do anel viário, o que já aconteceu, segundo o vice-prefeito Paulo Sérgio Ferreira.

“Todas as responsabilidades da prefeitura foram cumpridas e as desapropriações autorizadas pelos proprietários”, disse.

Com relação à guerra fiscal, o advogado de um grupo empresarial local, Paulo Iran, disse que a demanda ao governo é de redução das alíquotas de tributação estaduais no sentido a se igualar a outros estados no entorno de minas gerais. “O Estado está numa região com tributação interestadual a 12%. Ele fica numa situação prejudicada em relação a estados vizinhos, que tem alíquotas de 7%. Existe ainda a substituição tributária, que é um mecanismo de tributação ultrapassado”, afirmou.

O secretário de Estado afirmou que existe um movimento entre sete governos estaduais para reduzir a guerra de tributação.

 
“Não seremos utópicos de achar que vai acabar, mas há uma iniciativa de estados do sul e sudeste para minimizar guerra fiscal e aí é olhar quais são as vocações de cada região e trabalhar incentivos olhando cada uma dessas vocações”, comentou Vítor de Mendonça.


Ainda segundo ele, o objetivo é não haver criação ou aumento de tributos, ao mesmo tempo que possa haver revisões na questão fiscal. mas não há ainda um plano a ser divulgado.

PRIVATIVAÇÕES
Durante apresentações a empresários e políticos do município de Uberlândia, o secretário prometeu reduzir a máquina do Estado, o que inclui privatizações de empresas mineiras como Cemig e Copasa. De acordo com o levantamento mostrado na manhã desta quarta, Minas Gerais tem participação em 59 empresas, com 42 mil funcionários ao todo.

Também participante do encontro, o empresário Roberto Botelho, que trouxe projeto de telemedicina para apresentação ao secretário, disse que o Estado Menor ajuda na estruturação das empresas. “Se o empresário puder trabalhar sem que o governo atrapalhe já está ótimo”, disse. Pedido que está vinculado aos pedidos de investimento em infraestrutura apontados pelo Coden.

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