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21/03/2019 às 18h56min - Atualizada em 21/03/2019 às 18h56min

Cúpula debate segurança pública de Uberlândia

Reunião realizada na tarde desta quinta-feira (21) debateu melhorias visando o reforço da segurança na cidade

MARIELY DALMÔNICA
Audiência foi realizada na sede da Risp, com reunião entre autoridades e população | Foto: Mariely Dalmônica
Representantes da cúpula da Segurança Pública do Estado visitaram Uberlândia nesta tarde (21) e se reuniram com membros das forças policiais da cidade. O objetivo do encontro foi debater melhorias à segurança pública do município. Durante a tarde, a cúpula também realizou uma audiência na 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp) para ouvir demandas da população. A principal queixa foi com relação ao fim de um programa social no bairro Canaã, na zona oeste.

A cúpula reúne o secretário de Segurança Pública de Minas Gerais, General Mario Araujo, o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Giovanne Gomes da Silva, o chefe da Polícia Civil, Delegado-Geral Wagner Pinto da Silva, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Edgard Estevo.

Segundo o secretário de Segurança Pública, o objetivo da Visita Técnica de Integração, coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), é integrar os diversos órgãos de segurança para apresentar melhores respostas para a sociedade. “Criamos um ambiente integrador para buscar melhores resultados. Visitamos as estruturas socioeducativas, o sistema prisional e de prevenção”, disse.

Para ele, Uberlândia é referência para o Estado em relação a integração de forças. “Vamos aproveitar esse exemplo e multiplicá-la em outros ambientes”, afirmou. Araujo também disse que uma reunião entre os órgãos ligados à segurança pública pode acontecer mensalmente no Município.

Para o chefe da Polícia Civil, a maior demanda do Município é em relação aos recursos humanos. “Temos dois concursos públicos em andamento, para delegado e escrivão, e 557 investigadores aguardando nomeação [em todo o Estado]”, disse. Ainda segundo Silva, os profissionais serão direcionados para Municípios de maior necessidade, como Uberlândia.

Antes do início da audiência, o comandante-geral da Polícia Militar ressaltou a redução do número de homicídios em Uberlândia, e afirmou que os programas integrados com outras subsecretarias de Segurança Pública ajudaram na diminuição de registros. “A redução foi de quase 80% se somarmos 2017 e 2018. Toda vez que registramos uma ocorrência de homicídio, todo o ciclo [Polícia Militar e Polícia Civil] começa a refletir na redução.”

A demanda de equipamentos e de efetivo no Município chamou a atenção do comandante-geral do Corpo de Bombeiros. “Não temos nenhuma solução a curto prazo, estamos em evolução. O equipamento vai continuar chegando através de recursos”, disse. Estevo afirmou também que, em breve, Uberlândia deve receber mais um posto avançado e a construção de um canil. O comandante-geral disse que tem mantido conversas para que o Município faça adesão ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

COMUNIDADE
Durante a audiência realizada na tarde de ontem, a maior parte dos presentes era de moradores do bairro Canaã, na zona oeste. Eles foram pedir a retomada do programa Fica Vivo!, que deve encerrar as atividades no fim deste mês. O serviço foi criado pela Secretaria de Segurança Pública e oferece oficina de futebol, dança, luta e grafite. Ele chegou ao bairro há cerca de quatro anos e desde então contribui para a prevenção e redução de homicídios dolosos de adolescentes e jovens.

Lucas Bezerra, oficineiro do programa, disse que recebeu a notícia de que o programa irá chegar ao fim na última sexta-feira (15). “Vai fechar porque diminuiu a criminalidade no bairro, mas precisamos desse programa. Cada jovem do programa custa R$ 90, um jovem preso vai custar muito mais.”

Segundo Francisco Rosário, professor de educação física e oficineiro do programa, os participantes serão os maiores prejudicados após o fim do Fica Vivo! “Doeu o coração quando tivemos que dar essa notícia. Nenhum programa do bairro conseguiu tanto apoio dos responsáveis e pais como o nosso”, disse. O secretário de Segurança Pública afirmou que irá analisar a possibilidade de reimplantação do programa no bairro.

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