Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
21/03/2019 às 12h36min - Atualizada em 21/03/2019 às 12h36min

Sargento atende acidente um mês após ter batido o carro no mesmo local em Uberlândia

Acidentes no cruzamento da Rio Branco com a Coronel Antônio Alves têm acontecido com frequência

NÚBIA MOTA
A motorista de um carro furou o pare e colidiu com outro carro que estava na Rio Branco | Foto: Núbia Mota
Os acidentes de trânsito no cruzamento da rua Coronel Antônio Alves com a avenida Rio Branco, no Centro de Uberlândia, são tão comuns que, na manhã desta quinta-feira (21), durante mais uma colisão no local, por volta de 10h30, o sargento responsável pela ocorrência pôde retornar exatamente no ponto onde ele mesmo se acidentou há um mês. 

A preferência é de quem transita pela Rio Branco, mas os motoristas que sobem pela Coronel Antônio Alves nem sempre visualizam o sinal de pare impresso no chão. Não há placa na vertical, mas os motoristas e os comerciantes da região acreditam que o ideal seria um semáforo.
 
No acidente, a cabeleireira Deuzelina Cabral Lima, motorista do carro que furou a parada obrigatória contou que, apesar de morar em Uberlândia, essa foi a primeira vez que passou pelo cruzamento. Como desde o início da Coronel Antônio Alves, na avenida Rondon Pacheco, o motorista tem a preferência,  ela acreditou que na Rio Branco, onde tem a primeira parada obrigatória, podia também seguir reto, sem parar.

“Na hora que eu vi, já tinha passado e já tinha batido no carro.  Ainda bem que não bati em uma moto, senão o cara tinha morrido. Se não podem por um semáforo aqui, podiam pelo menos por uma placa de pare para gente ver de longe, porque aquilo ali não dá”, disse Deuzeline, se referindo a sinalização horizontal no asfalto.

O motorista do outro carro não quis se identificar e falou que, ao passar por aquele ponto, sempre reduz a velocidade, por saber da frequência de acidentes nesse cruzamento, mas dessa vez não conseguiu evitar a colisão. Com a batida, ele foi arremessado para o acostamento e atingiu duas motos estacionadas. Como ele está com a Carteira de Habilitação vencida e com o IPVA atrasado desde 2013, teve o carro apreendido. “Não é por descuido, estou com dificuldades financeiras e não consegui pagar as taxas e agora me acontece isso”, afirmou ele.
 
Foi por isso que passou também o sargento da Polícia Militar, Allan Marques, no dia 19 de fevereiro. Ele seguia pela Rio Branco, em sua mão de direção, quando outro veículo o arremessou contra as motos estacionadas.

“Esse cruzamento é perigoso, porque a coronel Antônio Alves não tem pare desde a Rondon Pacheco. Aqui, na rio Branco, é o primeiro pare e o condutor acaba seguindo em frente normalmente. A rua não tem sinalização vertical, mas devia ter um semáforo pela quantidade de carros que passam aqui. Eu também já registrei outro acidente nesse mesmo lugar, no ano passado, e o carro foi arremessado contra o muro. Mais cedo ou mais tarde, é questão de tempo, vai acontecer uma fatalidade. No dia que eu me acidentei, se tivesse pedestre na calçada, tinha sido atingido”, afirmou Allan.
 
Anderson Monteiro tem uma oficina de motos naquele cruzamento há 19 anos e conta que nem assusta mais com os acidentes, pois são quase semanais. Ele mesmo já teve de trocar a vidraça da loja, pois um carro foi arremessado e parou dentro do comércio dele. “A gente trabalha correndo o risco de ser atingido aqui dentro. Olha aí na esquina, o muro está todo remendado. Já solicitamos semáforo, já pedi para vereador, prometem, mas nunca fazem nada. Vai precisar morrer gente importante para tomarem uma atitude, porque com qualquer um não vai adiantar”, disse o mecânico.
 
O Diário de Uberlândia entrou em contato com a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (Settrran) e a pasta emitiu uma nota dizendo apenas que vai verificar a situação daquele cruzamento para tomar as medidas necessárias em relação à sinalização.

Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90