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07/02/2019 às 08h17min - Atualizada em 07/02/2019 às 08h17min

Policiais são presos suspeitos de homicídio

MARIELY DALMÔNICA
Promotor Adriano Bozzola, Coronel da PM Cláudio Rodrigue e o promotor Daniel Marotta durante coletiva | Foto: Mariely Dalmônica
Dois policiais militares, um ex-policial militar e mais um suspeito foram presos durante a segunda fase da Operação Dominó, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã de ontem. A ação, feita de forma conjunta entre o Ministério Público de Minas Gerais, a Polícia Militar (PM) e a Polícia Federal (PF), investiga o funcionamento de uma organização criminosa que pratica homicídios mediante encomenda.

Além dos mandando de prisão temporária, seis mandados de busca e apreensão foram feitos nas residências dos suspeitos e nos armários dos militares. Duas armas de fogo, bloqueadores, drogas e R$ 8 mil foram localizados. Uma pessoa ainda está foragida.

A primeira fase da operação teve início em 19 de dezembro para investigar um esquema de roubo de cargas. Segundo o promotor de Justiça Daniel Marotta, os suspeitos também estariam envolvidos com homicídios encomendados. “As provas indicam que os cinco investigados participaram de um homicídio ocorrido em 7 de dezembro”, disse. Na época, a vítima foi atingida por disparos nas articulações e seu corpo foi encontrado nas proximidades da Cachoeira Sucupira. O homem tinha diversos antecedentes criminais, entre eles, receptação de caminhões produtos de crimes.

Um dos suspeitos investigados pela operação foi morto na última segunda-feira (4) no bairro Planalto, zona oeste da cidade. O homem de 35 anos morreu após ser baleado na porta de uma loja de materiais de construção. A vítima tinha passagens por diferentes crimes e tinha envolvimento com os outros investigados.
A operação está em andamento, e segundo o promotor de Justiça Adriano Bozola, alguns documentos ainda passarão por análise. “Só assim chegaremos à conclusão se há ou não envolvimento de outros policiais”, afirmou.

De acordo com o comandante da PM, Coronel Cláudio Vitor Rodrigues, os presos seriam ouvidos até a tarde de ontem. “Trata-se de um soldado formado em 2017 e um cabo formado em 2007”, afirmou. Por não ter ouvido a defesa dos presos, o Diário de Uberlândia não citará nomes.

As investigações serão concluídas no prazo de 30 dias, quando deverá ser oferecida denúncia criminal contra os envolvidos.
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