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23/01/2019 às 07h37min - Atualizada em 23/01/2019 às 07h37min

Settran pretende ampliar o estacionamento rotativo

Objetivo é entrar em ruas atualmente utilizadas por quem quer escapar da tarifa

FERNANDA PARANHOS
Secretário de Trânsito, Divonei Gonçalves, disse que ampliação deverá ocorrer até o fim do semestre | Foto: Fernanda Paranhos
O sistema de estacionamento rotativo deverá ser ampliado em Uberlândia até o final deste semestre. Segundo a Secretaria de Trânsito e Transportes (Settran), as novas vagas deverão ser criadas nas chamadas “áreas de fuga”, ruas paralelas às grandes vias e que são utilizadas por motoristas que querem escapar da cobrança da tarifa.

A Settran não divulgou estimativa para abertura de vagas com a ampliação do sistema da Zona Azul, que atualmente conta com 3,2 mil pontos de estacionamento. No entanto, de acordo com o secretário de Trânsito e Transportes, Divonei Gonçalves, a pasta já está munida de um mapeamento que indica as áreas de ampliação. “Queremos ajustar estas áreas neste processo, até a pedido da própria Icasu [Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia, operadora da Zona Azul] e dos próprios comerciantes que encontram carros que permanecem o dia inteirinho estacionados. Isso acontece muito próximo à avenida Getúlio Vargas, no bairro Martins e em outras áreas próximas ao Centro, como em locais onde há escritórios. Em breve haverá um termo de contratação, sem concorrência pública, a gente vai preparar, junto com o Ministério Público”, disse o secretário. Segundo ele, o processo será finalizado no final do semestre, quando serão decididas as primeiras regiões implantadas e a gestora responsável.

Atualmente, são 109 parquímetros espalhados na cidade, que registram uma receita média de R$ 230 mil mensais. Esta arrecadação é passada pela Icasu para as unidades de saúde da cidade após a quitação das despesas fixas. O pagamento do valor pode ser feito em espécie (moedas), compra de cartão (com valores diversos), pagamento por cartão de débito e crédito, através dos monitores e por aplicativo. Esta última opção ainda apresenta pouca adesão, segundo o secretário.
 
ZONEAMENTO
 
Segundo Dinovei Gonçalves, a implantação de um sistema de cobrança de tarifas diversas por zoneamento, cuja ideia chegou a ser ventilada no ano passado, está descartada. O motivo seria a falta de demanda. “Não está previsto fazermos qualquer coisa desta natureza. Uberlândia ainda não tem essa característica, de lugar [que demande] valores diferentes. Em outras cidades isso acontece quando há uma rotatividade muito alta de veículos. Isso se vê muito em São Paulo, Belo Horizonte. Aqui ainda não tem esse perfil”, afirma o secretário.

A questão foi pontuada quando, em dezembro de 2018, foi aprovado pela Câmara de Uberlândia o projeto de lei que flexibilizou exigências no sistema da Zona Azul. Dentre as alterações, o texto isentou a Settran da necessidade de contratar uma empresa para a gestão da Zona Azul por meio de concorrência pública. Esta medida foi tomada para validar a permanência da Icasu, que opera os parquímetros desde maio de 2017, quando um contrato emergencial foi assinado com a Instituição. A Icasu, que não tem fins lucrativos, já havia prestado o serviço de Zona Azul por 30 anos. Em 2014, ela perdeu a prestação após uma licitação que deu o direito ao Consórcio de Estacionamento Rotativo de Uberlândia.
 
MONITORES ICASU
 
As vagas do estacionamento pago são fiscalizadas por 35 monitores da Icasu. Eles são responsáveis por orientar, acompanhar a rotatividade dos carros e auxiliar nos pagamentos das tarifas. No ano passado, conforme revelou o Diário de Uberlândia, foi ventilada a possibilidade de habilitar os monitores para o registro de autuações de veículos sem pagamento do parquímetro. Divonei Gonçalves nega que a hipótese tenha voltado à discussão. “O que acontece em algumas cidades é a ocasião de um monitor avisar ao agente de trânsito que um carro está irregular. Pode até mandar uma foto em tempo real, mas quem autua é o agente de trânsito”, afirmou o secretário.
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