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02/10/2018 às 08h12min - Atualizada em 02/10/2018 às 08h12min

Uberlândia recebeu só dois presidenciáveis

Ciro e Haddad cancelaram agenda, Bolsonaro veio ano passado e Alckmin vem amanhã

NÚBIA MOTA
João Amoêdo esteve em Uberlândia na semana passada | Foto: Mariely Dalmônica
Desde que teve início o período oficial de propaganda eleitoral, em 16 de agosto, apenas dois candidatos à Presidência da República estiveram em Uberlândia fazendo campanha.  Alvaro Dias (Podemos) visitou a cidade em agosto e João Amoêdo (Novo), há uma semana. A cinco dias das eleições, alguns partidos ainda estudam a possibilidade de trazerseus representantes, mas não confirmaram a agenda. Amanhã à tarde, está prevista a vinda de Geraldo Alckmin (PSDB) e provavelmente essa será a última agenda de presidenciáveis no segundo maior colégio eleitoral de Minas Gerais.

Na última quinta-feira (27), Ciro Gomes (PDT) cancelou a vinda a Uberlândia porque, dois dias antes, precisou passar por uma pequena cirurgia de cauterização na próstata e, por recomendações médica, reduziu o número de viagens pelo país. “Um dia antes da visita, vem uma escolta da Polícia Federal e faz a preparação do local, mas conforme me passaram, a polícia não vem a Uberlândia pelos próximos três dias. Por isso, é provável que ele (Ciro) não venha nesse primeiro turno”, disse José Magalhães, presidente do diretório do PDT em Uberlândia.

O candidato do PT, Fernando Haddad, tinha visita agendada a Uberlândia no dia 21 de setembro, mas o compromisso foi adiado um dia antes - no mesmo dia em que o ex-prefeito de Uberlândia Gilmar Machado (PT), candidato a deputado federal, foi detido em operação do Ministério Público.

Segundo o secretário de comunicação do PT local, Gilberto Neves, no dia 21 de setembro, quando esteve em Betim, Ouro Preto e Montes, Fernando Haddad (PT) viria também a Uberlândia, mas houve uma mudança, porque ele priorizou a ida em outras cidades brasileiras, como forma de melhorar o desempenho nas pesquisas. Em Minas, o candidato ainda esteve, na última sexta-feira (28), em Belo Horizonte. “Mas eu creio que Uberlândia deve ficar para o segundo turno. Foi problema de agenda e outro motivo que atrapalhou foi porque ele entrou no lugar do Lula há poucos dias”, disse Gilberto.

De acordo com Eduardo Afonso, presidente do MDB local, há cerca de 15 dias cogitou-se a possibilidade da vinda do economista Henrique Meirelles à cidade, mas em função de agenda, foi cancelado o compromisso do candidato. “Mudou tudo. Hoje a agenda deles não é um terço de antes. Nas últimas eleições, teve dia de ter 6 a 8 jatos esperando candidatos a deputado, governador e presidente que estavam na cidade. Hoje, se cada um passar por uma cidade de cada estado já está bom demais. Uberlândia é o segundo colégio eleitoral, por isso, quando eles vêm em Minas, vão a Belo Horizonte. Outra coisa que influenciou foi a descriminalização do ódio, porque você bota o candidato na rua e não sabe se ele volta. Um exemplo foi o que aconteceu com o Bolsonaro e olha que ele tinha a maior segurança de todos os candidatos por parte da Polícia Federal ”, disse Eduardo Afonso.

Depois de sofrer uma tentativa de homicídio em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro, Jair Bolsonaro ficou fora da campanha nessa reta final do primeiro turno e permanece em repouso em casa, no Rio de Janeiro (RJ), onde está desde sábado (29), quando recebeu alta. O candidato esteve em Uberlândia ainda como pré-candidato, há quase um ano. No dia 19 de outubro, o deputado federal ficou durante todo o dia na cidade, onde visitou o prefeito Odelmo Leão na Prefeitura, almoçou com empresários e entidades e participou de um debate na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Ontem, Marina Silva (Rede), segundo a agenda divulgada no site, esteve em João Pessoa, na Paraíba, e não tinha mais nada marcado para essa semana.
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