12 vereadores ainda não têm candidato a presidente

O eleitor que ainda não definiu em quem vai votar para presidente da República não está sozinho. Dos 27 vereadores da Câmara Municipal de Uberlândia, 12 ainda estão indecisos em quem escolher para ocupar o cargo máximo do Executivo no País, ou seja 44%. Uma vereadora não se manifestou e outra está de licença médica e não retornou o contato. Em primeiro lugar dos presidenciáveis na Casa está Jair Bolsonaro (PSL), com o apoio nas urnas de 5 vereadores, seguido de Geraldo Alckmin (PSDB), com 3 votos, e Álvaro Dias (Podemos) e Ciro Gomes (PDT), ambos com 2.  Fernando Haddad (PT) tem um voto.

A menos de um mês das eleições, a percepção é que boa parte dos representantes do Legislativo local está aguardando ainda a reta final da campanha para tomar uma decisão, enquanto outros não querem se comprometer. Dos sete candidatos a deputado estadual e federal na Casa, apenas dois declararam em quem pretendem votar. Wender Marques (PSB) declarou que vai optar por Álvaro Dias para presidir o Brasil. Já Silésio Miranda (PT) disse que votará em Haddad. Outros quatro vereadores que pleiteiam uma vaga nessas eleições se disseram indecisos e Michele Bretas (Avante) não quis citar nenhum nome. “Eu não vou me manifestar, porque pra onde eu pender, sei que muitas pessoas vão. E, às vezes, o meu candidato, se ganhar, pode se confundir e achar que porque eu votei nele, não pode ser cobrado. Sou contra votar em branco e nulo, mas nós, do Legislativo, precisamos ser mais independentes até nisso”, afirmou Michele.

Mesmo com um apoio forte entre o eleitorado evangélico, Bolsonaro ainda não conseguiu convencer todos os cristãos da Câmara Municipal. Enquanto o Pastor Átila Carvalho (PP) e Marcio Nobre (PDT), por exemplo, expressam abertamente sua preferência pelo candidato e aprovam sua posição conservadora, Isac Cruz (PRB) disse que não concorda com todas as ideias do presidenciável. “As propostas de nenhum ainda não me convenceram, nem a dele. O homem (Bolsonaro) fala em amor e daqui a pouco fala em matar. Eu acho que não é por aí. O Brasil não precisa disso. Mas estou analisando, vou escolher um, mas por enquanto não tenho definição”, disse Isac.

Já Pâmela Volp (PP) disse que a opção do voto dela em Ciro Gomes se deve ao fato dele ser o único candidato que levantou a bandeira LGBT. A vereadora disse ainda que ele é a primeira opção, mas no caso da disputa ir para o segundo turno com o Bolsonaro, ela votaria em qualquer um dos outros.

Felipe Felps (PSB) é um dos 12 vereadores indecisos e só sabe ainda em que não votaria em hipótese nenhuma, que são Fernando Hadadd e Geraldo Alckmin, devido à polarização da esquerda e direita. “Aí tem o Bolsonaro com a essa política de reformular tudo, com imagem de não ser corrupto. O que é muito difícil do ponto de vista pessoal para mim, porque não coincide com alguns princípios que eu acredito. A Marina que não convence, assim como Amoêdo. E sobra o Ciro Gomes, que também não bate muito com minha ideologia. Estou terminando de avaliar, mas está difícil”, disse Felps.
 
INDECISOS - 44%
Thiago Fernandes (PRP)
Vilmar Resende (PSB)
Adriano Zago (MDB)
Isac Cruz (PRB)
Rodi Borges (PR)
Ronaldo Alves (PSC)
Juliano Modesto (SD)
Ismar Prado (PMB)
Doca Mastroiano (PR)
Roger Dantas (Patriota)
Felipe Felps (PSB)
Paulo César (SD)
 
JAIR BOLSONARO
Ricardo Santos (PP)
Pastor Átila Carvalho (PP)
Wilson Pinheiro (PP)
Alexandre Nogueira (PSD)
Marcio Nobre (PDT)
 
GERALDO ALCKMIN
Hélio Ferraz – Baiano (PSDB)
Antônio Carrijo (PSDB)
Vico Queiroz (PTC)
 
ÁLVARO DIAS
Wender Marques (PSB)
Ceará (PSC)
 
CIRO GOMES
Pâmela Volp (PP)
Flávia Carvalho (PDT)
 
FERNANDO HADDAD
Silésio Miranda (PT)
 
PREFERIU NÃO DIZER
Michele Bretas (Avante)
 
*A vereadora Dra. Jussara (PSB) está de licença médica e não retornou o contato