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24/08/2018 às 17h51min - Atualizada em 24/08/2018 às 17h51min

Entidade denuncia médico da UAI Martins

MARIELY DALMÔNICA

Por meio de uma interpelação admonitória extrajudicial, a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) notificou a Prefeitura de Uberlândia por irregularidades que estariam ocorrendo dentro da Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Martins, cometidas por um médico coordenador

A sociedade disse que teve conhecimento da situação por meio de médicos associados, e entre as denúncias estão comportamentos que se caracterizam em assédio moral, e provocam estresse e insegurança nos médicos. Na notificação, a Anadem relatou que o gestor assumiu a função quando a Associação Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) passou a administrar as UAIs que estavam sob a responsabilidade da Fundasus, em junho deste ano.

De acordo com os reclamantes, o denunciado também tem sido omisso aos problemas da UAI Martins. No documento foi escrito que durante plantões um único profissional era disponibilizado para atender de 130 a 150 pacientes. “Os desfalques nas escalas de plantão nunca foram tantos. A equipe trabalha com número reduzido de profissionais, tanto por corte da administração, quanto por desorganização na escala de plantões. A equipe de plantões, normalmente, é incompleta, o que provoca o desestímulo dos profissionais em colaborarem com os desfalques.”

A estrutura da unidade de saúde também foi citada na interpelação. Nela, os reclamantes relatam que os corredores da UAI Martins estão lotados, as salas de ambulatório são insuficientes e os pacientes graves estão sendo atendidos em cadeiras.

O documento, assinado pelo presidente da Anadem, Raul Canal, requer que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) adote medidas para evitar possíveis danos aos pacientes da unidade de saúde.

“Os Reclamantes esperam que a Secretaria Municipal de Saúde e a Prefeitura Municipal se sensibilizem com a indignação dos profissionais relativamente à forma como vem sendo tratadas as questões humanas, trabalhistas e da saúde da população (...). Tal fato coloca em risco a saúde e a própria vida desses pacientes que são dispensados e até mesmo daqueles que são atendidos sem a atenção ideal e necessária, face ao exíguo tempo da consulta, que não permite um anamnese adequada e a formação de um diagnóstico mais preciso”, cita o documento.

Por meio de nota, a Prefeitura de Uberlândia informou que “tomará conhecimento do conteúdo do documento junto à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).”

Procurada pelo Diário de Uberlândia, a SPDM informou que apenas a Prefeitura irá se manifestar sobre o assunto. A redação também tentou contato com o médico coordenador citado na interpelação, mas as ligações não foram atendidas.
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