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13/06/2018 às 09h38min - Atualizada em 13/06/2018 às 09h38min

Antonio Anastasia fala em desburocratizar o estado

Pré-candidato do PSDB também quer diminuir a máquina governamental

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Senador Antonio Anastasia diz que não irá criar mais impostos, se eleito (Valter de Paula/PMUSecom)
Diminuir a máquina do Estado mineiro e desburocratiza-la foi o mote do discurso do pré-candidato do PSDB ao Governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia, durante visita a Uberlândia, realizada nesta terça-feira (12). A agenda do senador incluía ainda uma conversa a portas fechadas com classe empresarial do Município. Ainda que tenha sido anunciado, na segunda-feira (11), como vice na futura chapa para o pleito em outubro, o deputado federal Marcos Montes (PSD) não falou com a imprensa.
Anastasia não prometeu redução de impostos durante entrevista coletiva, mas disse que é preciso desburocratizar o Estado e ajudar os empresários a criar oportunidades de emprego. O pedido já teria sido ouvido em Uberaba, cidade onde esteve no dia anterior. “Recebi reclamações da carga tributária e excesso de burocracia. Digo que as medidas que poderei tomar não vão custar nada, mas [irão] reduzir a burocracia que gera amarras para a atividade empresarial. E estas [vão] gerar renda e gerar tributos, o que sustenta as atividades do Estado”, disse.
Em reportagem do Diário de Uberlândia, publicada em 10 de junho, foi mostrado que os mineiros pagaram mais de R$ 70 bilhões em impostos no ano de 2018, e que Uberlândia contribuiu com mais de R$ 234 milhões com a quitação de tributos. Anastasia avaliou que o necessário é a reforma tributária, que deverá acontecer em âmbito nacional. Ele chamou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de anacrônico e moribundo e, que assim como outros nove tributos, deverá ser substituído pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
Ainda que não tenha mencionado qualquer mudança dentro das alíquotas de impostos, o senador afirmou que não pretende aumentar impostos.
A reunião entre pré-candidato e empresários pôde ser acompanhada pela imprensa por apenas cinco minutos. Em sua fala, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), Fábio Pergher, disse que é preciso diminuir o Estado e a interferência junto aos assuntos da iniciativa privada.

SERVIDORES

O pré-candidato Antonio Anastasia disse ainda que pretende voltar a pagar os servidores no quinto dia útil, o que não acontece desde 2016, quando os salários dos funcionários estaduais passaram a ser escalonados. Ele afirmou, porém, que não pode especificar um plano para que isso volte a acontecer, uma vez que não conhece com detalhes a situação financeira do Governo. “Esse pagamento em dia é para dar estímulo ao servidor e, ao mesmo tempo, ajudar no âmbito econômico. Se ele [servidor] não recebe, não paga a padaria e o balconista é demitido. O balconista é punido por um problema do Estado. Não posso fixar data para resolver o problema do erário do Estado, sei que [a situação] não é boa. Mas acredito em uma retomada econômica no próximo ano”, afirmou.

MARCOS MONTES

Anunciado como vice na chapa de Anastasia ainda na segunda, em Uberaba, Marcos Montes, contudo não quis gravar entrevistas com a imprensa de Uberlândia. A escolha ao atual deputado federal, segundo o senador Anastasia, se deu pela proximidade e pela trajetória do político, que já foi prefeito de Uberaba e já encabeçou a Frente Parlamentar de Agropecuária. A escolha ainda tem ligação com a pretensão do senador de estabelecer proximidade com o Triângulo Mineiro.
Monte, entretanto, ainda trava na Justiça uma batalha contra a condenação em primeira e segunda instância por improbidade administrativa. Ainda na época em que esteve à frente do Executivo em Uberaba, ele teria contratado, sem licitação, uma agência para elaborar projetos técnicos e de planos de trabalho. Ele chegou a ser multado, mas reverteu o pagamento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o qual manteve a decisão de primeira instância da cassação dos direitos de reeleição por oito anos. O caso agora corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de recursos.
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