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12/06/2018 às 09h45min - Atualizada em 12/06/2018 às 09h45min

Familiares procuram por empresário desaparecido

Hudson Riccille não é visto há dois meses após pescaria em represa

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Empresário desapareceu após voltar à margem de represa para buscar canivete (DIVULGAÇÃO)
Familiares procuram pelo paradeiro do empresário e pescador de Uberlândia Hudson Riccille Silva Mota, que está desaparecido há dois meses. A família afirma ainda que foi procurada pela Polícia Civil (PC) para o início das investigações apenas na última semana. As linhas pelas quais os levantamentos seguem não foram informadas.
O trabalhador tem 35 anos e desapareceu no dia 9 de abril, quando participava de uma pescaria com dois amigos, em Iraí de Minas, a pouco menos de 100 km de Uberlândia. Todos estavam na represa do Município, próximo à Fazenda Água Limpa. Ele é morador do bairro Shopping Park e sumiu, segundo relatos dos amigos, quando voltava de barco para a terra em busca de um canivete que teria deixado no carro, mas que precisaria para pescar.
O Corpo de Bombeiros da cidade Patrocínio foi acionado em fez buscas por, aproximadamente, uma semana. Foram encontrados os chinelos de Hudson Riccille, a cerca de 1 km do ponto de pesca, e o barco que ele teria usado para voltar para a terra, a cerca de 2 km do ponto de referência. Cães farejadores foram usados em buscas pela mata no entorno, sem sucesso. A família ainda fez busca por conta própria por cerca de um mês.
A esposa de Riccille, Aline Quirino Santos Mota, contou à reportagem do Diário de Uberlândia que na última sexta-feira (8), um dia antes de completar dois meses do desaparecimento, foi procurada por investigadores da cidade de Monte Carmelo, onde está a delegacia responsável pelas investigações em Iraí de Minas. A mulher afirmou que as investigações só começaram pela cobrança dela. A PC a ouviu e também tomou o depoimento dos amigos e da mãe do desaparecido.
Aline Mota espera que uma série de pontos que considera problemáticos sejam esclarecidos. “Com o tempo a gente nem acredita mais [que Hudson esteja vivo]. A investigação demorou, mas preciso saber o que aconteceu com ele. Por que só me avisaram às 16h que ele tinha sumido, se estava desaparecido desde cedo? Por que o corpo não apareceu? Já era para ele ter sido achado se tivesse caído na água”, disse. Uma testemunha que vive em uma chácara próxima do local de pesca também será ouvida pela polícia.
Aline disse que não havia nenhuma briga ou ameaça contra o marido e que, em sua opinião, a única coisa que poderia ter ligação com o desaparecimento seria um caso extraconjugal, ocorrido há dois anos, algo que ainda precisaria ser esclarecido.
O Diário procurou a PC em Monte Carmelo, mas foi informado que a delegada responsável não poderia falar no momento por estar em uma oitiva. Os investigadores não estavam na delegacia no momento em que a reportagem fez as ligações. O Corpo de Bombeiros informou que as buscas já haviam sido encerradas após dias da vasculhas na região.
Hudson Riccille Mota e Aline Quirino Mota têm três filhos, com idades entre 5 e 14 anos. A família pede a quem tiver qualquer informação sobre o caso que faça contato com as autoridades policiais nos telefones 190 e 181.
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