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09/06/2018 às 14h34min - Atualizada em 09/06/2018 às 14h34min

Agências de viagens da cidade negam impacto por alta do dólar

MARIELY DALMÔNICA
Mesmo com o aumento do dólar na quinta-feira (7), que chegou a atingir a cotação de R$ 3,9674, agências de turismo da cidade não notaram queda nas vendas. Empresários do ramo relataram ao Diário de Uberlândia que, mesmo com esse cenário, tiveram dias de vendas dentro do comum entre anteontem e ontem. Por outro lado, agências de câmbio já foram mais impactadas.

Para Sebastião Rosa, gerente de vendas da CVC Viagens e Turismo, o aumento na cotação do dólar não afetou os negócios. “Na verdade, as nossas vendas de destinos internacionais têm crescido na região há mais de um ano. E quem se programou para viajar neste ano já está com quase tudo pronto e provavelmente a viagem já está paga também. Esse aumento do dólar pode refletir em viagens no próximo ano ou no fim deste ano”, disse Rosa.  

Wesley Fernandes, proprietário da Link Turismo e membro da diretoria da Associação de Agências de Viagens do Triângulo (Avit), também afirmou que sua empresa não sentiu impacto do aumento da cotação. “Nesses anos, notei que a maioria das pessoas não deixam de viajar por conta de um aumento, mesmo que seja significativo, porque elas já estão com tudo preparado. Ontem [quinta-feira] mesmo a gente vendeu pacotes para a Disney”, afirmou. 

Por outro lado, Fernandes disse que por mais que as vendas de pacotes para viagens fora do Brasil não tenham caído, alguns clientes que pretendiam viajar para o exterior estão optando por destinos nacionais. “De um tempo para cá, notei que muitas pessoas resolveram viajar para dentro do Brasil. E por agora, acredito que algumas pessoas irão esperar que o câmbio abaixe para fechar viagens”, disse o empresário. 

CASAS DE CÂMBIO

Na quinta-feira (7), o dólar chegou a bater R$ 3,968 e fechou em alta de 2,24%, cotado a R$ 3,925, maior nível, em valores nominais desde 1º de março de 2016 (R$ 3,942). Ontem, a cotação da moeda reagiu ao anúncio do Banco Central de que faria mais intervenções para conter a volatilidade do câmbio. Na sexta-feira, a moeda americana recuou 5,5% e fechou em R$ 3,709.

Fabiana Moreira, supervisora da Fast Câmbio, trabalha há 11 anos na casa de câmbio e disse que viveu um dos dias mais difíceis para vendas. “Teve gente que ligou várias vezes durante a quinta-feira para saber se o dólar tinha caído. O cliente que queria comprar US$ 1 mil para viajar, comprou US$ 800. As pessoas não estão deixando de visitar outros países, mas estão viajando com menos dinheiro e deixando de comer em lugares mais sofisticados, por exemplo.”

Às 15h30 de ontem, horário em que o Diário de Uberlândia falou com Fabiana, o dólar estava sendo vendido por R$ 3,90 na Fast Câmbio e as vendas já estavam voltando ao normal. 

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