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06/06/2018 às 00h03min - Atualizada em 06/06/2018 às 00h03min

Vereadora diz que pessoas vão continuar internadas em UAIs

WALACE TORRES | EDITOR - VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
ALINE REZENDE/CMU
A vereadora Dra. Jussara (PSB), autora da convocação do secretário de Saúde, disse em entrevista coletiva que não ficou satisfeita com o quadro da saúde exposto na Câmara. Para a legisladora, pontos importantes, como a questão dos leitos continuarão sem solução. “As pessoas vão continuar internadas em UAIs e esta não é a função (da unidade). A população quer resultados e essa resposta eu não tive”, afirmou.
O vereador Adriano Zago (MDB) disse que foi gasto muito tempo com apresentação de números da secretaria e pouca efetividade nas discussões, que se limitaram a três perguntas por vereador, sem direito a uma réplica. “Queremos propor soluções, fomos eleitos para isso, para representar a sociedade que clama por uma saúde pública de mais qualidade. Respeito muito o secretário Gladstone, mas ele não trouxe nada de novo”, disse Zago, que frisou não ter saído convencido sobre as contratações feitas sem concurso ou processo seletivo.

“Eles nunca tiveram impedidos de contratar, desde que contratasse de forma correta, entendimento esse do próprio promotor de Justiça que ingressou com a ação. (...) Tem que ter critérios e sabemos que esse governo não gosta de concurso público, tão pouco de processo seletivo”, completou Zago.
O vereador Thiago Fernandes (PRP) citou que o TAC firmado com a SPDM proíbe a contratação de pessoas para atuar nas unidades que também exerçam função administrativa e de finalidade exclusiva da Secretaria da Saúde. “Ainda tem pessoas trabalhando para essas entidades (Fundações) e exercendo função administrativa. (...) É ali que a gente tem visto que tem aumentado o custo da secretaria com esses salários pagos para profissionais contratados sem processo seletivo nas fundações”, disse.

Tânia Lúcia dos Santos, que é integrante do Conselho Municipal de Saúde, considerou que nem todas as indagações foram esclarecidas. “A ideia era trazer respostas para possíveis melhorias para a saúde e o que ele disse é que está apostando tudo na gestão da SPDM, que já tem um prazo definido de encerrar (o contrato)”, disse. A conselheira questionou a falta de propostas para resolver problemas como a falta de investimento em alguns procedimentos. “Gasta-se muito com exames laboratoriais e não tem investimento devido para os exames de imagens. Não tem uma comunicação de rede. O usuário vai em mais de uma UAI e o médico pede os mesmos exames. A gente gasta muito com isso”, apontou.

Para o vereador Antônio Carrijo (PSDB), líder do Executivo na Câmara, o secretário demonstrou que a saúde passa realmente por dificuldades, mas que parte da responsabilidade é do Estado, que tem atrasado os repasses de recursos para os municípios. “O Estado não faz o seu papel, em 2017 o governo gastou 5% na saúde e a responsabilidade dele é de 25%. É inadmissível o município assumir a responsabilidade onde a saúde é tripartite – Estado, União e Município. E hoje só Município e União fazem a sua parte”, disse.
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