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20/04/2018 às 18h00min - Atualizada em 20/04/2018 às 18h00min

Enfermeiros são capacitados para triagem em UAIs

MARIELY DALMÔNICA | REPÓRTER
Protocolo define espera máxima de 240 minutos para atendimento em unidades | Foto: Mariely Dalmônica
 
A Prefeitura de Uberlândia realizou nesta semana uma série de palestras com enfermeiros da rede municipal sobre o Protocolo de Manchester, sistema de urgência e emergência utilizado para atendimentos nas unidades de saúde. O intuito foi aprimorar os profissionais que fazem a triagem dos pacientes de acordo com a gravidade dos casos recebidos nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Atendimento Integrado (UAIs).

O Protocolo de Manchester foi criado há 21 anos e implantado em 2009 em Uberlândia. As palestras para alinhar novas informações sobre o sistema aconteceram de segunda-feira até ontem. “Discutimos e demos oportunidades para enfermeiros já capacitados se atualizarem”, disse Simone Helena Ferreira, referência Técnica em Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O Protocolo de Manchester funciona como um sistema de classificação de risco e se inicia a partir de uma triagem em que o enfermeiro classifica os casos dos pacientes por cores, que representam os graus de gravidade e o tempo de espera recomendado para cada atendimento.

Doentes com patologias mais graves recebem a cor vermelha e devem ser atendidos imediatamente, enquanto pacientes representados pelo laranja se enquadram em “muito urgente” e podem esperar até 10 minutos para serem atendidos. Os pacientes com a cor amarela são “urgentes” e podem aguardar até 60 minutos. Quem receber a cor verde se enquadra em “pouco urgente” e pode esperar até 120 minutos, enquanto os que recebem azul entram no “não urgente” e podem aguardar até 240 minutos.

“A partir da queixa do paciente, o enfermeiro consegue priorizar esse atendimento. Por exemplo, ele tira da fila de espera quem tem maior risco e o paciente que não é urgente pode esperar até 240 minutos para ser atendido”, disse Simone Ferreira.

Na última terça-feira (17), no entanto, a reportagem do Diário de Uberlândia foi até uma unidade de saúde do Município e encontrou pacientes que aguardavam atendimento por um período bem superior ao limite estabelecido no Protocolo. Foi o caso da doméstica Sônia Shirley dos Santos, que esperava há nove horas por uma consulta na UAI Planalto. Ela sentia fortes dores no corpo e febre. “Eu sempre fico muito tempo esperando para ser atendida, até com meus filhos bem doentes já esperei mais tempo”, disse.
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