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29/03/2018 às 05h16min - Atualizada em 29/03/2018 às 05h16min

Estações de ônibus da João Naves terão sistema anti-invasão

Prefeitura vai investir R$ 156 mil até o fim deste semestre para instalar travas nas portas automáticas

NÚBIA MOTA | REPÓRTER
Usuária desceu de ônibus, mas não entrou na estação; situações deste tipo geram riscos aos usuários | Foto: Jorge Alexandre Araújo

Nem campanhas de conscientização, nem abordagens e fiscalização têm adiantado. Para fugir das cobranças nas catracas, usuários do transporte coletivo de Uberlândia continuam invadindo, diariamente, as 13 estações de ônibus da avenida João Naves Ávila pela portas destinadas à entrada e saída de passageiros do Sistema Integrado de Transporte (SIT).  A fim de evitar os prejuízos com estragos e tarifas não cobradas, além de possíveis acidentes, a Secretaria de Trânsito e Transporte (Settran) vai instalar, até o fim deste semestre, travas eletromagnéticas nas 126 portas das estações, em um gasto de R$ 156 mil.

O serviço de implantação das travas será feito em horários específicos, fora do movimento de pessoas nas estações, que funcionam de 5h às 0h30. “É um gasto desnecessário, que poderia se usado em outras melhorias no sistema, mas não tem outro jeito. O grande problema de tudo é o risco de vida que o usuário corre, além da evasão de receita e depredação do patrimônio público”, disse o assessor de transportes da Settran, Divonei Gonçalves.

Ainda segundo Divonei, as estações da avenida Segismundo Pereira, com previsão de começo de operação para o fim deste semestre, já têm os dispositivos de segurança instalados nas portas.

De acordo com um agente de estação de ônibus ouvido pelo Diário de Uberlândia, que preferiu não se identificar, de 12h30 em diante é quando há mais invasões por parte dos passageiros. “Eu vou lá, peço para sair, digo que ele está atrapalhando meu trabalho. Alguns saem, outros fiquem nervosos e dizem que não vão sair. Aí eu largo de mão. Tem só piorado. Muitos também saem direto pela porta [do ônibus] e atravessam a rua”, disse o funcionário.

A estudante Érika Abreu pega ônibus nas estações em frente ao Center Shopping e à UFU. Ela disse que todos os dias vê pessoas forçando as portas para entrar sem pagar. “Nos horários de pico e ao anoitecer a gente vê o tempo todo gente entrando sem pagar”, afirmou Érika.

CRIME

Câmeras de monitoramento e parceria com a Polícia Militar (PM) são as estratégias da Settran para tentar coibir a ação, mas ninguém chegou a ser penalizado, segundo a pasta. Usar o sistema de transporte coletivo sem pagar é considerado contravenção, com pena de detenção de 15 dias a dois meses e pagamento de multa. Em caso de danificar o local, é considerado dano ao patrimônio público, com pena de multa e detenção de seis meses a três anos. “Não dá pra ficar 24h vigiando esse comportamento, por mais que tenha uma fiscalização, é algo que acontece todo dia”, disse Divonei.

As concessionárias de transporte coletivo que operam este serviço em Uberlândia foram procuradas pela reportagem do Diário de Uberlândia, mas não souberam estimar os prejuízos com a falta de pagamento das passagens. O que foi passado é que problema acaba impactando no custo da tarifa para os demais usuários do transporte coletivo.

PASSARELA

Depois de passar por reformas e ser reinaugurada em setembro do ano passado, a passarela da João Naves de Ávila também não tem sido usada adequadamente, afirmou a Settran. Segundo o assessor de trânsito, Divonei Gonçalves, os pedestres teimam em passar fora da faixa. No local, passam, por dia, 5 mil pessoas.

“Já fizemos tudo, campanha educativa, reforma. Ali, é um público mais jovem que usa. Eles precisam ter mais consciência”, disse o assessor.
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