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26/02/2018 às 18h54min - Atualizada em 26/02/2018 às 18h54min

Servidores de presídios entram em greve em Minas

Movimento não inclui agentes prisionais e teve adesão em Uberlândia

ISABEL GONÇALVES E VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTERES
Servidores em greve fizeram ato, hoje, em frente ao presídio Jacy de Assis | Foto: Vinícius Lemos

Parte dos 3.370 servidores públicos que atuam no setor técnico-administrativo do sistema prisional e socioeducativo de Minas Gerais entrou em greve hoje. Em Uberlândia, segundo o próprio movimento, metade da categoria do presídio Jacy de Assis está parada e, no caso da penitenciária Pimenta da Veiga, o número chegou a 100%. Parte dos administrativos do Centro Socioeducativo de Uberlândia (Ceseu) também está mobilizada. São garantidos apenas 30% dos serviços prestados pela categoria. Os agentes penitenciários não estão envolvidos nesta paralisação em Minas Gerais.

Segundo a assessoria do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG), funcionários de 105 unidades prisionais aderiram à paralisação. Os servidores mobilizados atuam na recuperação de presos e trabalham como  enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, pedagogos, assistentes sociais e técnicos da área administrativa.

Hoje pela manhã, em Uberlândia, servidores paralisados fizeram um ato em frente ao presídio Jacy de Assis. Entre as reivindicações do movimento está o cumprimento de um acordo firmado pelo governo em 2015, que assegurava a equiparação salarial com áreas correlatas da segurança pública do Estado, como servidores administrativos das polícias Militar e Civil. Além disso, o Executivo havia se comprometido em enviar um projeto para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para alterar pontos da lei orgânica da categoria, mas isso não foi realizado. De acordo com o movimento, há quatro anos não existe aumento ou recomposição salarial.

No fim da manhã de hoje, representantes dos grevistas e do Governo do Estado se reuniram para discutir o assunto. Em nota, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) informou que “em relação à ajuda de custo pleiteada pela categoria, a situação econômica e financeira em que o Estado se encontra impede que o benefício seja concedido neste momento.”

A pasta também informou que “continuará avaliando as possibilidades para atender às solicitações o mais breve possível e propôs que as negociações sejam retomadas a partir do mês de abril, quando existe uma perspectiva de melhoria financeira.”

Uma das representantes do movimento em Uberlândia, Antonina de Sousa informou que a greve continua e que o prazo estabelecido pelo Governo pode comprometer as negociações. “Em abril, dificilmente alguma ação poderá ser feita por conta do ano eleitoral”, disse.
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