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18/01/2018 às 16h56min - Atualizada em 18/01/2018 às 16h56min

Vendas em comércios caem até 50% com férias da UFU

Empresários relatam queda acima do esperado para dezembro e janeiro

VINÍCIUS ROMARIO | REPÓRTER
Dono de restaurante, Ademir Fernandes diz que planejamento é o segredo para enfrentar período / Foto: Vinícius Romario
 
Historicamente, o período de férias da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) causa impacto negativo no comércio da região do bairro Santa Mônica, na zona leste da cidade, onde está o maior campus da instituição. Porém, de acordo com empresários, desde o dia 20 de dezembro do ano passado o movimento caiu acima do que era esperado, com comércios registrando queda de até 50%.

Tânia Cristina Cardoso é proprietária de uma panificadora vizinha ao campus Santa Mônica, e, segundo ela, o movimento está 40% menor do que no período em que há aulas. “Como já estou aqui há dez anos, a gente se prepara. Compramos e produzimos menos também, para que não percamos muito. Os fornecedores também já sabem dessa realidade”, disse.

Em uma lavanderia na avenida Segismundo Pereira, a queda foi de 30%, mas seria pior se não estivéssemos em período chuvoso, garante o proprietário, Raphael Oliveira. “Agora, com o tempo mais firme, a queda no movimento passa até dos 30%. Em relação aos meus clientes, 40% são alunos da UFU. Quando estão de férias, muitos deles voltam para as cidades natais e todos os negócios do bairro sentem”, ressaltou Oliveira.

Maurício Salomão é proprietário de uma lanchonete há três quarteirões da universidade e afirma que as vendas continuam boas devido às encomendas que atende, mas, mesmo assim, houve queda de 10%.
 
RESTAURANTES
 
Dos empresários que a reportagem do Diário de Uberlândia conversou, os donos de restaurante foram os que indicaram maior queda nas vendas. Ademir Fernandes Moreira, por exemplo, disse que o movimento está pelo menos 30% abaixo do que no período letivo. “O complicado é que isso acontece logo quando temos mais contas para pagar. O negócio é fazer um bom planejamento para não passar aperto”, afirmou.

Já no restaurante de Geraldo Alves Fernandes Junior o impacto foi maior, de 50%. “O que fazemos é comprar menos também, produzir menos e tentar fazer um balanço. Sempre torcemos para que não haja greves, quando corremos risco de perder quase um ano.”

CONSTRUÇÃO CIVIL

Empresário investe para atender alunos

Na contramão do que acontece nas férias, quando as aulas se iniciam muitos investimentos surgem no entorno do campus Santa Mônica, principalmente na construção civil. Pensando nos alunos e servidores da UFU, o empresário do setor imobiliário Marco Lara iniciou a construção de um empreendimento próximo à universidade voltado para este público.

De acordo com Lara, uma pesquisa foi realizada antes de iniciar as obras, com 351 alunos ouvidos. “Com base nas observações deles montamos o que queríamos. Soubemos que 95% deles não comem em casa, então a cozinha é menor e se ganha mais espaço em outros cômodos”, afirmou.

Serão 28 apartamentos em um prédio de seis andares. Há opções de 25 m² e 32 m². Os preços são a partir de R$ 133,9 mil até cerca de R$ 160 mil. “São lofts e acredito que esse tipo de empreendimento se tornará tendência na região. É feito e pensado para dar comunidade ao aluno”, disse Lara.
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