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13/01/2018 às 05h02min - Atualizada em 13/01/2018 às 05h02min

Homicídios crescem 15% em Uberlândia em 2017

Foram 99 assassinatos cometidos no ano passado, contra 86 em 2016

VINÍCIUS ROMARIO | REPÓRTER
Carro capotado por jovem de 21 anos que matou Jaciara da Silva em dezembro / Foto: PMMG/Divulgação

O número de homicídios registrados pela Polícia Militar (PM), em Uberlândia, subiu 15% em 2017 em relação ao ano anterior. De acordo com a companhia, 99 pessoas foram assassinadas na cidade no ano passado, enquanto em 2016 foram 86.

No entanto, o número de homicídios pode ser maior que o divulgado. Isto porque, segundo a PM, quando a vítima é atendida com vida, o caso é registrado como tentativa de homicídio, mesmo que a pessoa venha a morrer posteriormente em decorrência do crime. Em relação às tentativas de homicídio o aumento foi de 3,9% em 2017. No ano passado foram 105 casos, enquanto em 2016 foram 101.

De acordo com a capitã da PM Patrícia Vieira, os números de mortes não são alarmantes, mas não apresentam o resultado esperado pela corporação, já que de 2015 para 2016 houve redução nos assassinatos na cidade. “O que atrapalha mais é porque é um crime difícil de prevenir. A gente busca dar novas roupagens para a prevenção. Temos equipes trabalhando diretamente para evitar casos dessa natureza”, afirmou.

Segundo ela, o tráfico e o uso de drogas estão relacionados à maioria dos homicídios, embora não seja possível informar o número exato de casos com estas motivações. “Os crimes passionais também têm grande parcela dentro dos nossos registros”, ressaltou.

O último homicídio de 2017 foi registrado na tarde do dia 30 de dezembro. Juarez Júnio Costa, de 38 anos, foi atingido por três tiros após uma discussão no bairro Lagoinha, zona sul da cidade. A vítima chegou a ser levada para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), mas não resistiu aos ferimentos.

CASOS DE DESTAQUE

Em junho de 2017, duas pessoas foram mortas no bairro Vigilato Pereira, zona sul de Uberlândia, quando chegavam em casa. O objetivo dos criminosos era levar o carro de uma das vítimas.

Neste caso, após trocar tiros com um dos suspeitos, o cabo do Exército Antônio Carvalho Vieira Neto, de 29 anos, foi atingido e morreu. O padrasto dele, Auster Ruzante, de 81 anos, também foi ferido, ficou cerca de 50 dias internado, mas morreu em decorrência dos ferimentos. Três pessoas foram presas pelo crime. De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos seguiram o carro do idoso desde o Centro, com a intenção de roubar o veículo.

No dia 22 de outubro do ano passado uma idosa de 72 anos foi encontrada morta, vítima de homicídio, no bairro Nossa Senhora Aparecida, setor central de Uberlândia. Marli Aparecida Santos foi achada amordaçada e amarrada no chão da sala da casa onde morava, na rua Prata. Uma testemunha encontrou Marli já sem vida e acionou a PM. No local, os militares notaram que todos os cômodos haviam sido revirados e a vítima estava arramada com fios de nylon nos braços e nas pernas. Dias depois dois homens foram presos suspeitos de envolvimento no homicídio.

Já no dia 9 de dezembro de 2017 um jovem de 21 anos foi preso após esfaquear três pessoas, no Laranjeiras, na zona sul. Uma das vítimas, Jaciara Emília da Silva, de 37 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu.

De acordo com a PM, o suspeito teve um surto e tentou roubar um carro que estava estacionado na garagem de Jaciara. Ela foi atingida por várias facadas após informar que não era a dona do veículo. Logo depois, o jovem abordou um casal que saía de um condomínio, esfaqueou a dupla e fugiu com o veículo roubado. Ele foi perseguido pela polícia, perdeu o controle do veículo, capotou e terminou preso.

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