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03/01/2018 às 21h29min - Atualizada em 03/01/2018 às 21h29min

Comércio tem alta de até 10% nas vendas de Natal

Parcela do 13º foi mais usada para fazer compras em 2017, diz CDL

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Lojistas preparam queima de estoque para movimentar vendas em janeiro / Foto: Vinícius Lemos

 

Depois de três anos de queda nas vendas, o Natal de 2017 mostrou ligeiro crescimento na ordem de 4,72% em âmbito nacional, o que foi seguido pelo mercado de Uberlândia. De acordo com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) local, a melhora nas vendas em relação ao Natal de 2016 variou entre 5% e 10% na maior parte das lojas da cidade. O próximo passo dos comerciantes, em janeiro, é buscar mais clientes com queimas de estoque.

A análise feita pela CDL é que o 13º salário foi usado em parte para compras, principalmente a segunda parcela. A gerente de soluções e negócios da CDL, Renata Barbosa, afirmou ainda que tanto consumidores, quanto o empresariado se mostraram mais confiantes, ainda que o gasto não tenha sido tão alto como em anos anteriores. “Não foi surpresa o resultado. De fato, as pessoas se preparam para comprar. Anos atrás houve desânimo em relação à economia, mas em 2017 as empresas usaram, inclusive, os horários estendidos e apostaram no bom resultado para o Natal”, disse.

Esta foi a segunda data comercial de bom resultado no último ano, depois que o Dia das Crianças apresentou resultado positivo. Em 2016, por exemplo, não existia a expectativa de aumento das vendas natalinas e as empresas mais otimistas apostavam em incremento de até 3%, o que não aconteceu.

Na pesquisa feita pela entidade do comércio sobre o Natal, houve ainda uma minoria de empresas com crescimento de vendas para além de 10%. O ticket médio, contudo, não passou dos R$ 100 já esperados, de acordo com Renata Barbosa.

 

LOJISTAS

A dona de uma loja de roupas infantis no bairro Aparecida, Fabiana Murna, afirmou que as vendas foram como ela esperava, ainda que houvesse o receio de investir em estoques altos. “Devo fechar com crescimento pouco além de 5% de faturamento. Meu estoque extra acabou, até por não ter investido tanto”, explicou.

Por outro lado, apesar de haver um crescimento nas vendas, o subgerente de uma loja de cosméticos e chás de um shopping de Uberlândia, Leonardo Souza, explicou que o faturamento não foi o esperado. “O caso foi que o cliente procurava produtos mais baratos”, afirmou.

Ambos lojistas agora buscam nas liquidações mais uma forma de faturar em um mês em que os clientes se preocupam, principalmente, em pagar impostos. Souza, por exemplo, se adiantou à campanha anual de liquidações do shopping onde mantém sua loja. Os descontos, segundo ele, podem chegar a 70%. Da mesma forma que Murna disse esperar zerar as peças para trazer uma nova coleção com a queima de estoque.


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