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28/12/2017 às 13h46min - Atualizada em 28/12/2017 às 13h46min

Explosão em centro cultural deixa 40 mortos no Afeganistão

DIOGO BERCITO | FOLHAPRESS

Uma explosão deixou ao menos 40 mortos nesta quinta-feira (28) ao atingir um centro cultural e uma agência de notícias em Cabul, no Afeganistão. O ataque ocorreu durante a manhã e a maioria das vítimas eram estudantes, segundo as informações de testemunhas.

O ataque ocorreu durante um painel no centro cultural Tabian sobre o 38° aniversário da invasão soviética ao Afeganistão. Além dos mortos, pelo menos outras 30 pessoas ficaram feridas no local.

O edifício atingido está localizado no oeste da capital, em uma região com população predominantemente xiita -ramo minoritário do islã, já 90% da população afegã segue o ramo sunita. Um repórter da agência local Voz Afegã foi morto durante o ataque a bomba.

A ação não foi reivindicada por nenhum grupo. A organização terrorista Talibã negou sua participação por meio de uma nota. Houve outros atentados a organizações de imprensa na capital afegã, marcando a deterioração da segurança no país de 35 milhões de habitantes.

Um porta-voz do presidente Ashraf Ghani disse que o atentado foi um "imperdoável" crime contra a humanidade e prometeu destruir os grupos terroristas atuando no país, onde tem sido registrado algum avanço de organizações vinculadas à milícia radical Estado Islâmico.

Um dos diretores da Anistia Internacional, de defesa aos direitos humanos, emitiu um comunicado afirmando que o ataque de quinta-feira "ressalta os perigos enfrentados por civis afegãos. "Em um dos anos mais letais já registrados, jornalistas e outros civis continuam a ser alvejados de maneira cruel por grupos armados", afirmou Biraj Patnaik.

Segundo os Repórteres Sem Fronteiras, em um relatório publicado em dezembro, o Afeganistão é um dos países mais perigosos do mundo para se trabalhar na imprensa.

Houve outro grande ataque a Cabul nesta mesma semana, com ao menos sete mortos em uma ação suicida contra um escritório de uma agência de inteligência afegã. Em maio, na pior ação contra o país desde 2001, uma explosão deixou 150 mortos e mais de 300 feridos.

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