Empresas prestadoras de serviços ajudaram a puxar criação de emprego em Uberlândia / Foto: Arquivo/Ipê Digital
A criação de emprego em Uberlândia fechou novembro com saldo positivo de 1.170 postos formais, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje. O resultado é ligeiramente maior que em igual período de 2016, quando o mês terminou com a abertura de 1.055 vagas. Os setores de serviços e comércio foram os melhores em novembro deste ano.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 8.373 pessoas foram contratadas no último mês em Uberlândia, contra 7.203 demissões. O acumulado do ano chega a 3.264 empregos criados, o que mostra um crescimento em relação ao mesmo período de 2016, que entre janeiro e novembro tinha como saldo o fechamento de 923 vagas.
De acordo com a analista de recursos humanos Taiany Rodrigues, o crescimento da empregabilidade no Municí- pio em 2017 se deve a uma melhora na economia, que levou ao aumento de demanda nas empresas e também à necessidade de contratação de pessoal. “Em 2016, as empresas reduziram custos e uma das formas para isso foi o corte de seus quadros de empregados. Agora voltam a contratar”, disse. Ainda de acordo com ela, apenas com um cliente de sua empresa, 63 postos de trabalho foram abertos em novembro.
A contribuição do setor terciário na cidade, mais especificamente com a abertura de novos supermercados e as contratações de empresas de telemarketing e de tecnologia, foi o que elevou os números locais do Caged, de acordo com a especialista em RH Fabiana Mendes. “Em Uberlândia, a mão de obra de estudantes universitários, que precisam do emprego, mas não podem deixar de estudar, está muito ligada aos call centers, que oferecem empregos com carga horária menor”, explicou.
SETORES
Não foi à toa que o setor de serviços e o comércio se mostraram como os maiores contratadores em novembro. Empresas prestadoras de serviços criaram 777 novos postos de trabalho no período, enquanto comerciantes foram responsáveis pela ampliação em 720 vagas do emprego formal local. Segue ainda como terceiro maior contratante o setor agropecuário, principalmente para o plantio de grãos como soja e milho.
O pior resultado para o último mês ficou na construção civil, que demitiu 384 mais pessoas do que contratou, seguida pela indústria de transformação, que teve saldo negativo de 50 vagas fechadas.
DADOS NACIONAIS
O saldo de empregos formais no Brasil em novembro ficou negativo, com redução de 12.292 vagas, segundo Caged. Os dados já consideram as novas formas de contratação estabelecidas na reforma trabalhista.
O agora ex-ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que pediu demissão ainda hoje, disse que em novembro há uma tendência de saldo negativo do emprego. Ele argumentou, entretanto, que esse resultado não indica interrupção no processo de retomada do crescimento econômico, com criação de postos de trabalho. “Nos 11 meses do ano, oito foram positivos [com geração de emprego]”, disse Nogueira antes de sua saída do primeiro escalão do Governo Federal. No acumulado do ano, o saldo é de 299.635 empregos.
Em novembro, o comércio foi o único setor que registrou saldo positivo (tanto atacadista quanto varejista), com a criação de mais de 68 mil vagas e alavancado pelas festas de fim de ano. A indústria de transformação registrou saldo negativo de 29.006 empregos.
MINAS
O Estado também seguiu os números gerais do País e fechou novembro com queda na geração de emprego, com o fechamento de mais de 2 mil vagas de trabalho. O acumulado do ano, contudo, é positivo com mais de 51,8 mil postos de trabalho criados.
CAGED – NOVEMBRO
- Uberlândia
Saldo: 1.170 vagas
Acumulado no ano: 3.264
Setores
Serviços: 777 vagas
Comércio: 720 vagas
Agropecuária: 105 vagas
- Minas Gerais
Saldo: -2.037
- Brasil
Saldo: - 12.292
