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26/12/2017 às 17h23min - Atualizada em 26/12/2017 às 17h23min

Casos de dengue caem 82% neste ano em Uberlândia

Queda é explicada por retomada de ações; Chikungunya reduziu 89%

DA REDAÇÃO
Trabalhos de visitas a domicílios foram intensificados neste ano / Foto: Secom/PMU

 

Uberlândia obteve uma queda de 82% nos casos confirmados de dengue em 2017. Segundo dados da Secretaria de Saúde, foram 1.679 registros neste ano, contra 9.419 em 2016. Os casos de chikungunya tiveram redução ainda maior, de 89%, com 8 registros em 2017, contra 76 em 2016. As reduções são explicadas pela retomada de programas de combate ao foco do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus causadores das doenças.

Durante todo o ano, foram realizadas visitas aos domicílios e pontos estratégicos, ações de bloqueio, retirada de pneus, dentre outros. “Tivemos apoio de empresas, associação de moradores, instituições diversas, da população em geral, bem como da participação efetiva da Atenção Primária, com os agentes comunitários de saúde. Precisamos continuar com essa conscientização para evitarmos novos casos. Não podemos descuidar jamais”, afirmou o coordenador do programa de Controle da Dengue do Centro de Controle de Zoonoses, José Humberto Arruda.

Um dos trabalhos que contribuíram para a queda foi a retomada da ação de bloqueio, logo em janeiro.  O trabalho é realizado em bairros que tiveram casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes. Ao todo, foram realizados mais de 40.128 bloqueios neste ano.

Ainda em janeiro, o CCZ reestruturou o trabalho em pontos estratégicos, com visitas quinzenais aos ferros-velhos e coleta de pneus nas borracharias da cidade. Além disso, realizou o descarte ambientalmente correto de 43 mil pneus que estavam depositados de forma inadequada no Ecoponto do Distrito Industrial, na zona norte.

Também foram intensificadas as visitas nos imóveis fechados para aluguel ou venda após uma parceria com as imobiliárias do município e o acompanhamento e inserção do peixe lebiste, que é a melhor solução para eliminação das larvas do Aedes em locais que não podem ser tratados com larvicidas, como piscinas, fontes e tanques de decantação.

“Pretendemos continuar com a atenção redobrada com a coleta de pneus, bem como a aplicação do peixe lebiste, principalmente com o cadastro das piscinas e locais que não podemos utilizar o larvicida, além da ampliação das visitas aos imóveis fechados para venda e aluguel”, projetou Arruda.

O coordenador do Programa de Combate da Dengue reforçou ainda que em caso de dúvidas, a população pode ligar no Centro de Controle de Zoonoses. O telefone é 3213-1470.

 

MINAS GERAIS

O número de casos prováveis da dengue também apresentou redução em Minas Gerais. Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), até o dia 18 deste mês foram 28.200 casos, o que representa uma queda de 84,7% em relação a 2016, que teve 520.985 registros.

Por sua vez, os casos suspeitos de chikungunya cresceram mais de 3.000% de um ano ao outro. Foram 462 registros em 2016, contra 16.876 computados neste ano.

Ainda segundo a SES, os casos suspeitos de chikungunya estão concentrados nas Regionais de Saúde de Governador Valadares, Teófilo Otoni, Pedra Azul e Coronel Fabriciano.


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