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14/12/2017 às 05h29min - Atualizada em 14/12/2017 às 05h29min

Uma deliciosa comédia familiar

Paulo Gustavo se apresenta pela primeira vez em Uberlândia com espetáculo que é sucesso em todo o Brasil

ADREANA OLIVEIRA | EDITORA
Dona Hermínia (Paulo Gustavo) é inspirada na mãe do autor e representa também um pouco das mulheres brasileiras / Foto: Divulgação

 

Dona Déa Lúcia é a mãe do escritor, ator, diretor e roteirista Paulo Gustavo e da produtora Jú Amaral. Porém, o Brasil aprendeu a amar e a rir com essa mãezona há 11 anos, quando “Minha mãe é uma peça” estreou no teatro depois de suas histórias, inspiradas em Dona Déa, tornarem-se sucesso em livro homônimo escrito pelo filho.

O sucesso foi tanto que parou no cinema, ou melhor, tomou como uma avalanche o cinema nacional em duas sequências - a segunda com 10 milhões de espectadores.

Uberlândia terá hoje a chance de ver, pela primeira vez, a peça que deu origem ao filme. Paulo Gustavo estreia por aqui nesta noite. “Vamos fazer a Arena Sabiazinho pegar fogo”, brinca ele em entrevista exclusiva ao jornal Diário do Comércio.

 Simpático e falante esse  escorpiano nascido em Niterói (RJ) há 39 anos é também um apaixonado pelo trabalho, mas já aprendeu que é preciso dar um tempo de vez em quando.

Casado desde 2015 com o dermatologista Thales Bretas ele aguarda ansiosamente a chegada dos filhos, os gêmeos Gael e Flora, que nascem em março do ano que vem. Os bebês chegaram ao mundo por meio de barriga de aluguel. Fora isso ainda tem vários outros projetos a caminho. Paulo Gustavo  não para!

Conheça um pouco mais desse humorista workaholic que conquistou o Brasil.

 

JORNAL DIÁRIO DO COMÉRCIO - Tenho amigos paulistanos que assistiram às primeiras apresentações de “Minha mãe é uma peça” e depois conferiram a produção nas telonas. Todos comentaram sobre a força do tema e do texto no teatro no cinema. Depois de praticamente 11 anos quais os principais desafios de estar no palco hoje com uma personagem já tão conhecida e querida do público brasileiro?

PAULO GUSTAVO - O desafio de voltar aos palcos com “Minha mãe é uma peça” depois de 11 anos da estreia é que nos cobramos de fazer algo muito engraçado e muito legal para superar as expectativas de quem assistiu ao filme. Tanto o longa 1 quanto o 2 foram muito bem de bilheteria, o segundo então foi uma surpresa, 10 milhões de espectadores. Subir no palco para fazer essa mesma personagem que virou uma estrela do cinema existe essa cobrança que acho que é mais minha que do público, que vai de coração aberto para se divertir. Um desafio que sempre tive é manter o frescor do texto do espetáculo. Isso depois de 11 anos é muito difícil. Mas tenho um feedback bom do diretor, João Fonseca, que sempre assiste e fala desse frescor. Mantenho o espetáculo do jeito que ele é, sem esticar, e com esse frescor da piada. Estou muito feliz de chegar a Uberlândia com essa peça e conto com todos vocês para fazermos a Arena Sabiazinho pegar fogo!

 

Você se destaca por ser um artista multimídia. Como costuma dividir suas tarefas? É comum vermos você atuando e dirigindo ao mesmo tempo, geralmente é assim mesmo, você está sempre se dividindo entre diferentes trabalhos?

Eu sou um artista hiperativo, que inclusive nomeia um outro espetáculo meu. Fico uma hora no palco falando sobre a minha vida. Levo minha personalidade, minhas características pro palco e sempre falo muito rápido. E tenho ainda essa personalidade de me meter não só na minha atuação mas na direção, na luz, no som, vou na edição. Eu controlo tudo que eu faço porque meus trabalhos são muito autorais. Tirando o Vai Que Cola e A Vila, que são dois trabalhos grandes que a Multishow criou para mim, que outros autores que fazem o 220v que fiz quatro temporadas no Multishow, foi muito legal, minhas peças, Minha Mãe é uma Peça, Hiperativo, 220 volts e Online as quatro que fiquei no teatro e os filmes Minha Mãe é uma Peça 1 e 2 todos eu escrevi, participei na direção, participei da edição, correção de cor, mixagem, trilha sonora. Gosto de fazer um trabalho quase que artesanal. Cuido de todas essas etapas mesmo. Me divido em 500 pra fazer isso e no final vale super a pena. Estou sempre fazendo um programa e pensando no outro. Agora, por exemplo, estou fazendo um programa chamado Além da Ilha. Um programa com cinco amigos que se juntam em um lugar ainda a definir, ganho na loteria, compro uma ilha, chamo meus amigos e vamos realizar sonhos. Vão três casais e os recebemos na ilha toda monitorada por câmeras. Damos provas cheias de aventura e emoção. As pessoas começam a desaparecer...é um programa de terror com comédia e serão três temporadas. Ele só se resolverá no último episódio. É uma nova proposta do Multishow que ainda não sei se vai para a TV ou para a internet. Até 9 de março gravo A Vila, e estou escrevendo Marte, é pra lá que eu vou, que vou protagonizar com a Mônica Martelli, vou protagonizar em junho do ano que vem e estreia em dezembro,27 . E tudo isso com dois filhos chegando, Gael e Flora. Vou me dividindo em mil mas sempre consigo fazer dar tudo certo porque é muita dedicação, força de vontade e fé!

 

Recentemente anunciou que você e Thales serão pais de gêmeos (parabéns!). Como está a expectativa e ansiedade para a chegada dos bebês?

A gente vai ter dois bebês, Gael e Flora, vão nascer em março na Califórnia. Estamos felizes e emocionados. Era um passo que queríamos dar em nossas vidas e deu certo. Já estamos aqui transbordando de amor por eles e super ansiosos.

 

Depois do sucesso de Dona Hermínia em livro, peça e filme mudou algo na relação de vocês? Ela sempre encarou numa boa ter histórias da família compartilhadas com milhões de pessoas?

Se mudou foi para melhor. Minha mãe é muito orgulhosa de mim e de minha irmã que também trabalha com arte. Trabalha com produção de seriado, faz a Vila, Vai que Cola e trabalhou comigo no teatro muito tempo e é assistente de Platô. Minha mãe é muito orgulhosa de tudo ela adora a homenagem que fiz para ela. Eu não só compartilho as boas hisórias da minha família como de outras famílias. Quando começo a escrever Minha mãe é uma peça sempre aparecem os amigos queridos para me contar “Paulo Gustavo você não tem noção, esses dias a minha mãe...” e vem com uma história. Então  me inspiro em todas elase e tanto o espetáculo quanto um filme é uma homenagem a todas elas. Acho que isso é que faz tanto sucesso. O filme fala sobre amor, família, relações familiares. Então é isso, todo mundo tem uma dona Hermínia dentro de casa, uma mãe e se não te, uma tia, uma avó, uma mulher que se parece com ela, é um filme q conversa com todas as idades. É um filme para todo mundo e fico feliz por fazer um espetáculo que tocou o coração de tanta gente.

 

No Brasil da atualidade vivemos um momento particularmente complicado social, política e culturalmente. Como artista e, claro, como cidadão, qual o papel da classe artística neste momento? É possível vislumbrar um cenário melhor para 2018?

Com relação a política eu sou uma pessoa muito otimista. Se vai mudar em 2018 não sei mas acredito que vai mudar. Tento transformar as pessoas e dizer as coisas através da minha arte, uso meus personagens para isso. Cada um faz de um jeito: tem o cara que dá palestra, tem o cara que vai para a rua, que é militante e tem um cara como eu que sou artista, comediante e  uso meus personagens para falar desses assuntos que são assuntos delicados. O Humor no geral transcende, todo mundo pode se comunicar através dele e me sinto super privilegiado por isso. Me preocupo sempre em fazer e dizer alguma coisa.

 

Com que frequência você costuma tirar férias? Consegue se desconectar de tudo nestes períodos?

Antigamente eu trabalhava muito e não tirava nada de férias. Fiz isso por muitos anos. Agora, prestes a fazer 40 anos, vou fazer em 2018, vai ficando mais velho, mais doente, mais gripado se não der uma pausa. Aprendi de alguns anos para cá me dar esse espaço, esse break. Já viajei ano passado para cinco países, nesse ano já fui para o Caribe, NY, Paris, agora estou indo para Paris de novo em dezembro e nós fomos para Los Angeles, San Diego, fui para Tokyo no mês passado. Entre um trabalho e outro eu consigo dar uma fugida de 9 dias e faço umas quatro viagens internacionais no ano e trabalhar o restante do ano inteiro. Geralmente não mais do que 15 dias. Espalho eles no ano.

 

SERVIÇO

O QUE: Espetáculo teatral “Minha mãe é uma peça”

QUEM: Paulo Gustavo

QUANDO: hoje, às 20h

LOCAL: Arena Sabiazinho

INGRESSOS: A partir de R$ 40 à venda pelo site www.bilheteriadigital.com e a partir das 13h na bilheteria do Sabiazinho

CLASSIFICAÇÃO: livre – os menores de 14 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsável legal – crianças até 24 meses não pagam ingresso

INFORMAÇÕES: 3237-1399


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