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04/12/2017 às 16h40min - Atualizada em 04/12/2017 às 16h40min

Pessoas que nunca tiveram dengue devem evitar a vacina, diz Anvisa

VINÍCIUS ROMARIO | REPÓRTER
Vacina contra a dengue é recomendada apenas a pessoas que já foram infectadas pelo vírus / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a pessoas que nunca tiveram dengue que não tomem a vacina contra a doença. O comunicado foi feito após o laboratório responsável pelo medicamento divulgar um estudo em que a aponta para a possibilidade de indivíduos que não tiveram contato prévio com o vírus, mas foram vacinados, desenvolverem formas mais graves da doença após infecção.

A recomendação vale só para pessoas soronegativas (que nunca entraram em contato com o vírus). Para quem contraiu a doença é recomendado que continue tomando as doses. São três em intervalos de seis meses.

Profissionais da área da Saúde procurados pela reportagem do Diário do Comércio disseram ser importante ressaltar que a vacina em si não desencadeia um quadro grave da doença, nem induz ao aparecimento da dengue de forma espontânea. “Isso vem causando dúvida após o comunicado, mas a pessoa precisa ser picada pelo mosquito contaminado para ocorrer este risco”, afirmou Gisele Maciel, enfermeira responsável por uma clínica de Uberlândia.

Ela diz ainda que a forma de abordagem com os pacientes será alterada. “Agora iremos perguntar se a pessoa deseja fazer um teste antes para saber se contém o vírus da dengue no corpo. Se der negativo, a recomendação é que não tome a vacina, mas ficará a critério do paciente, já que o medicamento não é contraindicado”, ressaltou.

De acordo com o médico Alessandro Ribeiro Lemos, essas mudanças de perfil de segurança são normais, pois, mesmo após a liberação da vacina, há cerca de um ano, os estudos sobre o medicamento continuam.

 

ESPERA

As informações preliminares sobre alteração do perfil de segurança da vacina foram apresentadas para a Anvisa na última semana. A Agência já realizou uma reunião com a Sanofi, laboratório que produz a vacina, e com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar o caso.

Neste momento, e até que a avaliação seja concluída, a recomendação é que a vacina não seja tomada apenas por pessoas soronegativas. A Anvisa ainda informou que o risco não havia sido identificado nos estudos apresentados anteriormente.


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