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24/11/2017 às 05h26min - Atualizada em 24/11/2017 às 05h26min

Técnicos-Administrativos da UFU deflagram greve

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Comando de greve se reuniu ontem na UFU para debater ações a serem tomadas por movimento / Foto: Vinícius Lemos

 

Ainda sem números fechados sobre a quantidade de servidores mobilizados, os trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) seguem em greve desde a última terça-feira (21). Bibliotecas de alguns campi da universidade teriam parado atividades, além da parte administrativa e trabalhadores do Hospital de Clínicas da UFU (HC-UFU), segundo o comando de greve.

O movimento é nacional e por isso tem pautas gerais e locais. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU), entre as demandas nacionais estão os combates à Reforma da Previdência e à tentativa de acabar com a estabilidade do serviço público. O movimento também é contra a medida provisória que aumenta a alíquota de contribuição social de servidores, passando de 11% para 14%, e congela perspectiva de aumentos salariais para os próximos anos.

Ainda segundo a coordenação da greve em Uberlândia, as pautas locais dizem respeito a cortes de pagamentos por insalubridade de funcionários do HC-UFU e também ao que o grupo chama de interferência do Ministério Público Federal (MPF) na autonomia da UFU. Membro do comando de greve local, Mário Guimarães Júnior afirmou que ações do MPF impedem a flexibilização da jornada de trabalho no Hospital Escola e impõem controle eletrônico de ponto. “Não entendem a dinâmica da universidade. Como ensino, pesquisa e extensão podem ser promovidos com um controle duro de ponto em uma sala?”, disse.

O movimento é por tempo indeterminado e foi aprovado em assembleia no último dia 16. Para Mario Júnior, o que vai determinar o fim da greve é o fim da tramitação da Reforma da Previdência e do projeto de Lei que acaba com estabilidade. Localmente, as questões a serem debatidas são o compromisso de retornar o pagamento da insalubridade e garantir a autonomia universitária. “É a universidade que deve saber qual o momento de aperfeiçoar seu controle de trabalho e o melhor mecanismo”, afirmou.

Para o próximo dia 28 é organizada uma marcha a Brasília, envolvendo várias universidades federais, para chamar atenção aos pontos da greve. O comando do movimento espera que da UFU sejam mandados servidores suficientes para encher entre dois ou três ônibus.


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