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09/11/2017 às 15h46min - Atualizada em 09/11/2017 às 15h46min

Após 3 anos, Dnit libera trânsito em trecho viário

Tráfego sobre passagens inferiores era esperado por moradores e PRF

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Obras foram iniciadas em 2014, mas sofreram vários atrasos devido a diversos problemas ao longo dos anos / Foto: Vinícius Lemos

 

Depois de aproximadamente três anos e meio desde o início das obras, o trânsito na BR-365 sobre as passagens inferiores das ruas Alagoas e Claudemiro José de Souza, entre os bairros Marta Helena e Brasil, foi liberado hoje. Motoristas, trabalhadores e moradores que dependem do trânsito no local esperam que, enfim, problemas como acidentes e excesso de tráfego nas marginais da rodovia sejam resolvidos. Contudo, até o início da tarde, as passagens inferiores das duas ruas que cruzam a rodovia ainda estavam fechadas para finalização da sinalização horizontal.

Perto das 11h, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez a liberação da BR-365 para o trânsito no trecho. Desde que a obra foi iniciada, em julho de 2014, o fluxo de veículos era desviado para as avenidas Paulo Roberto Cunha Santos e Professora Minervina Cândida Oliveira.

Segundo a inspetora chefe da PRF em Uberlândia Jane Santos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fez o recolhimento de restos de materiais e placas no trecho para que a pista fosse liberada, durante a manhã. A entrega do trecho também era esperada pela corporação. “Tivemos dezenas de ocorrências ao longo desses anos de obra. Devido o estrangulamento e o trânsito jogado para a via lateral, tivemos colisões traseiras e transtorno em horários de pico”, afirmou.

De acordo com informações do Dnit, apenas este trecho custou aproximadamente R$ 5 milhões, depois de uma série de problemas envolvendo o projeto. A obra foi paralisada em setembro de 2014, apenas dois meses depois de ser iniciada, devido à desistência da empresa que tinha vencido a licitação. O pedido de rescisão foi justificado pela construtora por problemas com projetos referentes à obra apresentada pelo Dnit. O prazo inicial de entrega da obra, se não houvesse paralisações, era fevereiro de 2015.

Desde então houve várias negociações e até uma intervenção do Ministério Público Estadual (MPE) para que os trabalhos fossem retomados, o que de fato aconteceu em julho de 2016. À época, o prazo para entrega da obra era entre o fim de 2016 e o início de 2017.

 

PACOTE

As passagens inferiores da BR-365 com as ruas Alagoas e Claudemiro José de Souza fazem parte de um pacote de obras no trecho urbano da rodovia que ainda inclui outros cinco projetos. São eles: a passagem inferior na avenida Amazonas, a reconstrução dos viadutos da avenida Monsenhor Eduardo e da rua Rio Grande do Sul sobre a BR-365, as trincheiras do trevo Oswaldo de Oliveira e entre os bairros Taiaman e Dona Zulmira, na zona oeste.

Entretanto, não existe previsão para que os demais projetos sejam executados devido à falta de orçamento. Não existe um consenso do valor a ser gasto nas demais obras e o orçamento estimado varia entre R$ 44 milhões e R$ 69 milhões.

 

APÓS LIBERAÇÃO

População do entorno espera por trânsito melhor

Motoristas, trabalhadores e moradores da região onde foram concluídas as obras das passagens inferiores da BR-365, no trecho urbano de Uberlândia, se sentiram aliviados com a liberação do tráfego sobre a rodovia.

O despachante Carlos Sérgio, que passa pelo trecho todos os dias, espera que o fluxo de veículos seja mais bem distribuído. “Eu acredito que vai melhorar, pelo menos o fluxo de caminhões. Dá mais segurança e fica mais fácil para o trabalho (que depende do deslocamento pelo local)”, disse.

Empregado de uma oficina próximo à rua Claudemiro José de Souza, Emerson de Deus Costa contou que semanalmente via acidentes nas marginais da rodovia. No último, na segunda-feira (6), um motociclista foi atingido por um carro e teve de ser internado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.

“Fica mais fácil de atravessar e também evita acidentes que via sempre aqui. O trânsito fica menos concentrado na marginal”, disse.


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