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29/09/2017 às 05h37min - Atualizada em 29/09/2017 às 05h37min

Fornecimento de energia elétrica em Capim Branco está indefinido

Sistema de captação de água ficaria pronto antes de subestação da Cemig

VINÍCIUS LEMOS | ESPECIAL PARA O DIÁRIO
Dmae diz que abastecimento não ficará comprometido se houver atraso em obra / Foto: Araípedes Luz/Secom/PMU

 

O Sistema de Captação e Tratamento de Água Capim Branco ainda não tem uma fonte de energia elétrica definida para seu funcionamento em janeiro de 2019, data em que está prevista a entrega da parte inicial da obra. A atual proposta da Cemig para a construção de uma subestação que vai alimentar o sistema tem previsão de término para junho de 2020. O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Uberlândia, responsável pela transposição de águas, ainda não assinou contrato com a estatal mineira.

Na próxima quarta-feira (4), o diretor do Dmae, Sérgio Vieira Attiê, vai a Belo Horizonte tentar uma última negociação com o presidente da Cemig, Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga, para que o problema seja resolvido. Contudo ele não descarta a opção de buscar alternativas. Neste caso, são pensadas fontes como energia eólica ou fotovoltaica, uma vez que se o próprio Dmae for construir uma subestação como a dos moldes da Cemig, haveria maior burocracia e dificuldades que levariam a prazos parecidos com os quais a estatal trabalha.

A proposta da Cemig entregue à autarquia pede um prazo de 29 meses, que começaria a ser contado a partir de setembro, caso já houvesse acordo. O custo seria de R$ 10,2 milhões e o contrato ainda prevê tolerância de atrasos de até seis meses na entrega, o que poderia elevar o tempo total da obra para 35 meses.

“Não foi assinado (antes) porque a gestão passada não deu importância para isso. Eles ficaram de setembro de 2015 até dezembro de 2016 e não assinaram esse contrato. Quando assumimos, pedimos um novo orçamento. O prazo (atual) é completamente inviável”, disse Sérgio Attiê. Ele ainda afirmou que é possível negociar datas que fiquem próximas do meio de 2019 e que, caso realmente haja atrasos na construção de uma estação de energia para o sistema, o abastecimento da cidade não será afetado em curto prazo.

 

O SISTEMA

Atualmente foram executados 38% do projeto do Sistema Capim Branco. Esta é a primeira de três etapas e vai contemplar a instalação de adutoras, a construção da Estação de Tratamento de Água e a captação na represa da usina que dá nome ao sistema, instalada no Rio Araguari.

Foram gastos até agora cerca de R$ 50 milhões de um orçamento que chega a R$ 280 milhões para essa primeira etapa, o que já incluiu um aditamento. Interligada às estações já existentes, Sucupira e Bom Jardim, o sistema garantirá abastecimento a 1,5 milhão de pessoas, como informado pelo Dmae.

 

CEMIG

Sobre o prazo de construção de uma subestação para alimentar o Sistema Capim Branco do Dmae, a Cemig informou, por meio de nota, que os prazos se devem à complexidade da obra. “Envolve modificações em estruturas de alta tensão, construção de linhas de transmissão de alta tensão e construção de subestação de integração, entre outras ações”, afirma a nota. A estatal ainda reforçou que autarquia tem a opção de executar a obra diretamente e se integrar ao sistema elétrico.

A assessoria ainda informou que houve conversas anteriores e que foi passada ao Dmae a necessidade de um início rápido das obras. “Considerando a complexidade da obra e o curto prazo para sua realização, foram realizadas diversas reuniões entre as partes para viabilizar o fornecimento de energia ao projeto de captação. A Cemig tentou por várias vezes que o início das obras ocorresse o quanto antes, mas não houve decisão favorável por parte do contratante. Em março deste ano, a Cemig chegou a enviar ao Dmae o contrato de uso do sistema elétrico de distribuição e o termo de acordo de obras, que são instrumentos jurídicos necessários para o início do processo. Entretanto a documentação não foi assinada e o processo foi postergado”.


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