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28/09/2017 às 05h20min - Atualizada em 28/09/2017 às 05h20min

Uberlândia tem 120 pontos de descarte irregular

VINÍCIUS LEMOS | ESPECIAL PARA O DIÁRIO

Uberlândia tem cerca 120 pontos críticos de descarte ilegal de lixo, o que gera um gasto de recolhimento de R$ 400 mil, de acordo com levantamento feito pelo Poder Legislativo. Por conta disso, uma audiência vai discutir o problema na noite de hoje, no Plenário da Câmara Municipal, a partir das 19h.  Entidades, a Prefeitura e trabalhadores ligados ao recolhimento e reciclagem de lixo irão participar do debate.

O requerimento foi do vereador Rodi Borges (PR), que espera buscar soluções e conseguir informações em conjunto com vários setores para minimizar o problema. “É importante buscarmos consciência de todos e ter a colaboração do maior número de pessoas. Vamos trazer informações e pedir informações nesse sentido”, afirmou.  Na última semana, o Diário do Comércio discutiu o assunto com Município e entidades e mostrou que apenas 1,5% do lixo de Uberlândia é reciclado.

Entre os detalhes que serão discutidos na audiência está a possível ampliação da coleta seletiva, que segundo Borges, está presente em apenas 30% dos bairros da cidade. Além disso ele salienta que é preciso ampliar a capacidade de recebimento de lixo nos ecopontos. Há 13 deles espalhados na zona urbana, mas, segundo o vereador, cada uma consegue receber apenas 1 m³ de material por dia de cada usuário. O restante, dessa forma, seria descartado nos pontos críticos já conhecidos pelo poder público, o que traz gastos para o Município e desconforto para a população.

Segundo números repassados ao Diário do Comércio, são geradas 476 toneladas de lixo por dia em Uberlândia e não existe previsão de expansão do serviço de coleta seletiva, o que poderia gerar renda e reduzir gastos com recolhimentos extras. As associações contaram à reportagem que falta cooperação da população, seja para a separação de recicláveis, seja no descarte em locais indevidos.

 

LEI 12.504

Outro ponto a ser discutido na audiência de hoje é a aplicação da Lei 12.504, que passa a prestação do serviço de coletiva seletiva solidária para associações e cooperativas de Uberlândia. Apesar de ser sancionada desde agosto de 2016, até agora não vem sendo cumprida. “É preciso discuti-la e coloca-la em prática”, disse Borges.

Em linhas gerais, o texto formaliza o trabalho das associações, cria a possibilidade de remuneração e destina material para cooperativas.

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