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21/09/2017 às 05h35min - Atualizada em 21/09/2017 às 05h35min

Prefeitura e PM firmam convênio para a fiscalização de trânsito

Parceria prevê repasse de R$ 1,5 milhão nos próximos 14 meses

WALACE TORRES | EDITOR
Termo de cooperação contempla repasse de R$ 1,5 milhão à PM para aquisição de equipamentos / Foto: Valter de Paula/PMU/Secom

 

A Polícia Militar irá reforçar a fiscalização do trânsito em Uberlândia atuando em infrações que até então tinham como principal fiscalizador os agentes municipais de trânsito. Blitz, eventos educativos e até aplicação de multas por uso do celular ao volante farão parte do cotidiano de 60 policiais militares que serão destacados exclusivamente para ações no trânsito. A iniciativa faz parte de um convênio assinado ontem entre a Prefeitura e a Polícia Militar, seguindo um modelo já adotado em Belo Horizonte. O convênio prevê um repasse de R$ 1,5 milhão nos próximos 14 meses à corporação policial para aquisição de viaturas, equipamentos como etilômetro, radar móvel, cones e outros assessórios utilizados em atividades de trânsito, além de treinamentos. Os recursos são oriundos do montante arrecadado com as próprias infrações de trânsito.

A intenção é aumentar a segurança no trânsito e coibir situações que tem contribuído para aumentar as estatísticas de acidentes. Segundo o secretário de Trânsito e Transportes, Paulo Sérgio Ferreira, a frota em Uberlândia, que hoje é de aproximadamente 450 mil veículos, tem crescido entre 3% a 4% ao ano enquanto os acidentes apresentaram um aumento médio de 8%. “Um problema sério que temos em Uberlândia é o desrespeito às regras de trânsito. 80% dos acidentes sem vítima são devidos a batidas de traseira em que a pessoa está utilizando o celular enquanto dirige”, apontou.

A assinatura do termo de cooperação permitirá a formação de Unidades Integradas de Trânsito (UIT) na qual policiais militares irão atuar em conjunto com agentes de trânsito. Pelo menos 1,6 mil policiais militares serão credenciados para execução e aplicação de medidas relativas ao trânsito no Município. Segundo o comandante da 9ª Região da Polícia Militar, coronel Cláudio Vitor Rodrigues Rocha, os 60 policiais que serão destacados especificamente para ações no trânsito virão da esfera administrativa, o que não compromete a atuação da PM em outras ocorrências de sua competência. “Ele não vai ficar só para o trânsito, mas também em apoio às operações da Polícia Militar. Nós temos que lembrar que até mesmo o infrator tem que utilizar as vias de trânsito, então a fiscalização de trânsito gera um aumento da segurança sob o ponto de vista efetivo muito grande”, disse o comandante. “Toda cidade que tem um trânsito bem organizado, a criminalidade é mais baixa. Portanto, é um ganho e não retirada de policiais”.

A partir da próxima segunda-feira, a Settran e a Polícia Militar vão definir o plano de trabalho.

 

BANCO DE DADOS

Além da atuação em conjunto em ações de fiscalização e campanhas educativas, o termo de cooperação assinado ontem vai facilitar a troca de informações coletadas em ocorrências registradas tanto pela Polícia Militar como pelos agentes da Settran. Essas informações vão permitir a criação de um banco de dados estatísticos que dará embasamento nas políticas públicas a serem adotadas na área de trânsito em Uberlândia.

 

GUARDA MUNICIPAL

Ao firmar o termo de parceria com a Polícia Militar, o prefeito Odelmo Leão sinalizou que o projeto de criação da Guarda Municipal, que chegou a ser discutido na gestão passada, não deverá ser levado adiante em sua gestão. “Eu prefiro muito mais investir na Polícia Militar, na Polícia Civil, na Polícia Federal. São eles é que devem estar fortalecidos”, disse Odelmo, ao ser perguntado sobre a implantação do projeto.

O prefeito também reconheceu a necessidade de melhorar a sinalização das vias, principalmente a parte de pinturas, e disse que um processo de licitação está em andamento. “A sinalização das nossas ruas não está boa. Nós estamos trabalhando agora para realizar a nossa licitação para que possamos ter uma empresa para fazer as pinturas. A gente tem que reconhecer o que tá ruim”, disse.


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