A Frente Mineira em Defesa da Cemig irá fazer um novo ato público contra o leilão das Usinas de Miranda, São Simão e Jaguara, no Triângulo Mineiro, marcado para o final de setembro. Desta vez, a ação vai acontecer na Usina de São Simão, que fica em Santa Vitória, na divisa de Minas Gerais com Goiás, nesta sexta-feira.
A intenção dos organizadores é aproveitar a presença de um grupo de cerca de 100 manifestantes que já está acampado no local, desde a semana passada, e repetir a manifestação ocorrida na Usina de Miranda na última sexta-feira (18).
A nova manifestação foi definida ontem durante reunião no gabinete do 1º secretário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Rogério Correia (PT), que coordena a Frente.
FRENTE
A liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que acatou ação popular e determinou a suspensão do leilão, está sendo vista como uma vitória parcial da Cemig pela Frente. "Estamos felizes, mas nosso otimismo está baseado na mobilização social e na pressão política, que não pode parar", afirmou o deputado Rogério Correia.
"Apesar das recentes decisões da Justiça, sabemos que a tendência do STF não é favorável a nós", afirmou a presidente do Sindicato Único dos Servidores da Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira.
Beatriz participa da coordenação da frente juntamente com representantes do Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro), da Cemig, do Ministério Público, de outras centrais sindicais e movimentos sociais.
O vice-presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Bosco (PTdoB), afirmou que vai apresentar requerimento para que a comissão participe da manifestação em São Simão. Ainda no início de setembro deve ser realizado outro ato, nos mesmos moldes, na Usina de Jaguara. O deputado Antônio Lerin (PSB), presente à reunião, também deve participar dos eventos em São Simão e Jaguara.
AÇÕES POPULARES
Durante a reunião ficou definido, ainda, que a Frente vai coordenar as ações jurídicas contra o leilão das usinas, agora enfatizando principalmente a defesa do consumidor. "Não podemos deixar que a conta da privatização das usinas seja paga pelo consumidor", destacou o deputado Rogério Correia.
O parlamentar disse que o plano do governo federal é privatizar o sistema elétrico, o que só traria prejuízos para a população, no seu entendimento.