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17/08/2017 às 05h47min - Atualizada em 17/08/2017 às 05h47min

Governador participará de ato público em usina

DA REDAÇÃO
Protesto irá acontecer amanhã à tarde na Usina Hidrelétrica de Miranda / Foto: Lia Priscila/Arquivo ALMG

 

Em mais um movimento para tentar barrar o leilão de usinas controladas pela Cemig, proposto pelo governo federal, o governador Fernando Pimentel, acompanhado de secretários de Estado, deputados, sindicalistas e representantes de movimentos que integram a Frente Mineira em Defesa da Cemig estarão no Triângulo Mineiro nesta sexta-feira participando de ato público. A comitiva irá visitar a Usina Hidrelétrica de Miranda, uma das quatro na lista de privatização. O ato público contra o leilão será às 13h30, na unidade que fica no município de Indianópolis.

O encontro estava agendado, anteriormente, para a Usina de São Simão, no município de Santa Vitória, também no Triângulo. O protesto é promovido pela Frente Mineira em Defesa da Cemig, que reúne o Governo do Estado, a própria Cemig e a ALMG, além de movimentos sociais e diversos sindicatos. A frente tem cumprido ampla agenda de discussões e visitas contra a proposta federal. Na semana passada, o encontro foi em Brasília, com autoridades políticas e do Judiciário. Hoje à tarde, no auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), acontece uma audiência pública para discutir o assunto juntamente com a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico Brasileiro e a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, ambas do Congresso Nacional.

 

POTENCIAL

As Usinas de Miranda, São Simão, Jaguara e Volta Grande, todas no Triângulo, respondem por cerca de 50% da energia gerada pela Cemig. Por isso mesmo, a venda das unidades pode comprometer o desempenho da empresa.

O contrato de concessão, assinado em 1997, garante à Cemig a renovação automática da concessão por mais 20 anos no caso de São Simão, Jaguara e Miranda. Uma Portaria do Ministério de Minas e Energia (133, de 2017), contudo, permitiu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leiloar as usinas até o dia 30 de setembro deste ano. Com o leilão das unidades, o governo espera arrecadar cerca de R$ 12 bilhões e cobrir déficits em suas contas. “Mas não se pode resolver uma situação de déficit fiscal dessa forma. O processo de privatização vai encarecer o serviço para o consumidor”, frisou o deputado Rogério Correia em uma das reuniões da frente.

Em reunião da Comissão de Minas e Energia, ontem à tarde, foi aprovado o requerimento para formalizar sua participação no ato. A visita foi solicitada pelo deputado Rogério Correia (PT), que já ressaltou, em outras oportunidades, o risco de encarecimento da energia para o consumidor, a partir da privatização.

O parlamentar destaca também a convergência de diferentes segmentos contra a proposta federal. “Minas Gerais está unida em defesa da Cemig", enfatiza.

Foram convidados para a visita, além do governador Fernando Pimentel, autoridades do Executivo e do Judiciário, empresários e sindicalistas.


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