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14/07/2017 às 05h21min - Atualizada em 14/07/2017 às 05h21min

Audiência discute sobre lares de idosos

Reunião aconteceu ontem entre o MP, Vigilância Sanitária e gestores das instituições de Uberlândia

VINÍCIUS ROMARIO | REPÓRTER
Autoridades orientaram sobre as normas que devem ser seguidas nas ILPIs / Foto: Vinícius Romario

 

Representantes de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) de Uberlândia e região participaram de audiência pública, ontem, para debater aspectos sanitários, estruturais, procedimentais e legais dos estabelecimentos. A audiência foi promovida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e sediada no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), em Uberlândia. A Vigilância Sanitária e a Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa de Uberlândia também participaram do evento.

De acordo com a promotora de Defesa dos Idosos de Uberlândia, Maíla de Sousa, a necessidade dessa audiência nasceu após a operação “Senectude”, deflagrada em maio deste ano. Nessa ação, as 26 ILPIs de Uberlândia foram fiscalizadas e oito delas ficaram proibidas de receber novos pacientes até que algumas questões fossem solucionadas.

“Com essa operação, muitos responsáveis pelos lares mostraram certo desconhecimento das normativas para esse tipo de trabalho. Nosso intuito com o evento de hoje [ontem] foi explicar, tirar dúvidas e debater melhorias para esse serviço”, disse Maíla de Sousa.

Durante as fiscalizações de maio, as principais irregularidades estavam relacionadas à falta de alvarás sanitários e de funcionamento, questões de higiene, como lençóis manchados, escovas de dente e buchas sem identificação, reutilização de seringas, além da falta de profissionais necessários.

“Essa audiência serviu também para mostrar para os responsáveis quem eles devem procurar quando passam por alguma dificuldade, principalmente as instituições sem fim lucrativo e que recebem verbas públicas. A porta do MPE está sempre aberta para todos para que a cobrança seja feita e haja garantia de um serviço de qualidade”, afirmou Maíla de Sousa.

A promotora disse ainda que após essa audiência pública novas fiscalizações deverão ser programadas, mas que esse cronograma ainda será debatido.

Márcio Santana é responsável por uma ILPI no bairro Umuarama, zona leste da cidade, e, segundo ele, essa audiência pública ajudou a esclarecer algumas dúvidas da classe. “Já estamos preparados para cuidar desses idosos, mas eventos como esse servem para aprofundar o conhecimento e oferecer um trabalho melhor ainda”, afirmou Santana.

Responsável por uma ILPI no bairro Brasil, setor central da cidade, Raquel Matos ressaltou que o encontro ajuda também a alinhar pontos que serão cobrados durantes as fiscalizações. “Esse serviço de monitoramento é muito importante, já que estamos lidando com pessoas em situação de vulnerabilidade. Quanto mais contato com as autoridades, mais qualidade iremos oferecer”, afirmou Raquel Matos.


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