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12/07/2017 às 05h03min - Atualizada em 12/07/2017 às 05h03min

Sem recursos suficientes, UFU anuncia paralisação de obras

Universidade precisaria de R$ 35 milhões para finalizar três construções

VINÍCIUS ROMARIO | REPÓRTER
A construção do segundo bloco no campus Monte Carmelo é uma das interrompidas / Foto: Milton Santos/Divulgação UFU

 

Três obras da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em campi fora de sede, que são campus em outras cidades, estão paralisadas desde o início deste mês por falta de recursos. O anúncio foi feito pela Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (Proplad) da UFU no Conselho Diretor da universidade (Condir/UFU), na última sexta-feira, e confirmado ontem ao Diário do Comércio.

Segundo o pró-reitor da Proplad, Darizon Andrade, a UFU precisaria hoje de R$ 35 milhões para finalizar as três obras, consideradas como principais: um prédio de 8 mil m² para laboratórios, salas de aula e de professores no Campus Pontal (Ituiutaba); o segundo bloco do Campus Monte Carmelo e o primeiro do Campus Patos de Minas, que no momento está na primeira laje.

“A previsão inicial dessas obras, iniciadas em 2014, era de que os campi Pontal e Monte Carmelo fossem entregue neste mês e o campus Patos de Minas, no final deste ano. Agora, sem esses recursos, não podemos prever quando eles serão entregues”, afirmou Andrade.

A UFU toca ainda outras cinco obras em Uberlândia e região, entre elas, a do Hospital de Clínicas (HC-UFU). “Para essa já temos empenhados R$ 20 milhões que permitem continuar com os trabalhos. Futuramente serão necessários mais R$ 80 milhões. Já as outras obras, espalhadas pela região, estão em fase final e serão concluídas”, disse Andrade.

Em 2016, a UFU solicitou ao Governo Federal o orçamento para investimentos em 2017 na ordem de R$ 30 milhões. Porém, o valor aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA) foi de R$ 15,23 milhões. Devido à situação financeira do país, o Governo Federal ainda fez um contingenciamento de 37% desses recursos. Portanto, a UFU vem administrando neste ano um orçamento remanescente de R$ 9,58 milhões - ou seja, menos de um terço do solicitado - e, desse valor, 98,43% já estão comprometidos.

“O Ministério da Educação (MEC) sabe dessa situação nossa e das outras universidades. Já fizemos essa informação chegar ao ministro José Mendonça Bezerra Filho por meia dúzia de caminhos diferentes”, afirma Andrade.

Ainda segundo Andrade, a UFU não obteve qualquer sinalização do MEC e não há outra fonte de recursos, por isso, segundo o pró-reitor, optou-se por interromper as obras. “Não é um problema nosso, é um problema nacional”, disse.

Anualmente, o orçamento é liberado à universidade pelo Ministério da Educação e pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão na forma de duas rubricas: custeio (para manter serviços básicos como energia elétrica, limpeza, vigilância e insumos para laboratórios) e capital/investimento (para gastos com equipamentos de maior durabilidade, como computadores e veículos, e obras).


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