Major Davi de Brito considera alto o número de ocorrências e aposta em conscientização dos condutores / Foto: Vinícius Romário
A embriaguez ao volante continua sendo um problema no trânsito, e, por isso, é um dos pilares da campanha mundial Maio Amarelo. A ação estabelecida pelas Na- ções Unidas (ONU) visa trabalhar a redução de acidentes de trânsito em todo o mundo por meio da prevenção. Em Uberlândia, a campanha foi promovida pela Polícia Militar (PM) no perímetro urbano e nas rodovias com blitze repressivas e educativas, além de distribuição de material impresso e palestras.
Visando a diminuição de infrações de embriaguez ao volante, no último sábado (27), a Secretaria de Estado de Segurança Pública realizou blitze especiais e simultâneas da Lei Seca em 18 municípios do Estado. Em Uberlândia, 114 motoristas foram abordadas, e, desse total, seis tiveram a carteira de habilitação recolhida e foram multados no valor de R$ 2.934,70. No total das 18 cidades, 11 motoristas foram presos por embriaguez ao volante e 46 foram multados.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, no momento do teste de bafômetro, se a medição realizada for igual ou superior 0,05 ou até 0,33 miligramas de álcool por litro de ar alveolar expirado, a infração cometida é considerada administrativa. Como punição o motorista tem a carteira de habilitação recolhida e é multado no valor de R$ 2.934,70. Acima de 0,33 miligramas de álcool por litro, além das punições citadas acima, o condutor também é preso. Nos dois casos a habilitação também é suspensa por 12 meses.
De acordo com o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG), nos três primeiros meses de ano, 2.493 motoristas foram multados por dirigir sob influencia de álcool em todo o Estado. Em todo o ano passado foram 11.105 condutores autuados por esse crime em Minas Gerais.
Durante as ações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), até ontem, seis motoristas haviam sido presos em rodovias da região por embriaguez ao volante e outros oito foram multados.
Segundo o major David de Brito Junior, o número é alto e a conscientização deve ser trabalhada. “Tem que acontecer como aconteceu com o uso do capacete, que antes era alvo de tantas ações e agora notamos que a popula- ção já tem a noção do quanto é importante. A pessoa não deve se preocupar somente com a multa, mas, saber que dirigir embriagado é um risco para si mesmo e para quem estiver à volta”, afirmou David.
PRE
De acordo com major David, além de trabalhar questões relacionadas à embriaguez ao volante, também é necessário ficar atento aos outros pilares de atuação do Maio Amarelo: uso do cinto de segurança, excesso de velocidade, uso do capacete e a utilização de cadeirinhas para crianças. Tudo com o intuito de diminuir o número de mortes no trânsito.
Ainda segundo o major, a campanha tem surtido efeito. Em comparação com o mês de maio do ano passado, neste ano houve redução de 29% em relação aos acidentes registrados no mesmo período nas rodovias estaduais da região. Em maio, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) contabilizou 24 acidentes nas estradas, contra 34 no mês de maio de 2016. O número de feridos também diminuiu. Foram 31 este ano, ante 44 no ano passado.
“Os nossos trabalhos de prevenção são realizados durante todo o ano, mas intensificamos por causa da campanha. É muito importante que a população saiba que o trânsito mata mais que guerras espalhadas pelo mundo e isso precisa mudar”, afirmou o major David.
Durante as ações do Maio Amarelo, a PRE ainda aplicou 1.350 multas por infrações diversas e prendeu 12 pessoas por crimes como porte arma, drogas ou documento falso. Até o momento foram realizadas 862 blitze repressivas e 26 educativas. Também foram recolhidas 22 habilita- ções e 81 veículos.
CASO DE EMBRIAGUEZ
No último domingo (28), um homem de 30 anos foi preso após atropelar uma mulher de 52 anos que estava em um ponto de ônibus. De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem invadiu a calçada com o veículo em alta velocidade e atropelou a mulher. Latas de cerveja foram encontradas dentro do carro e o condutor foi flagrado segurando uma das latas ainda no local do acidente.
Submetido ao teste de bafômetro, ficou constatado 1.5 mg de álcool por litro de sangue, acima do 0,05 permitido. Além disso, o homem também não era habilitado e o veículo não tinha documentação.
