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19/04/2017 às 08h34min - Atualizada em 19/04/2017 às 08h34min

HC-UFU anuncia aumento de cirurgias cardíacas

Hospital pretende chegar a 30 procedimentos por mês; de janeiro a março foram 34

VINÍCIUS ROMARIO - REPÓRTER
Da Redação
coletiva Diretor-geral do HC-UFU, Eduardo Crosara Gustin, durante entrevista coletiva

Em resposta à cobrança de um grupo de pacientes cardíacos que se uniu para cobrar mais agilidade na realização de procedimentos cirúrgicos, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) informou ontem, em entrevista coletiva, que deve realizar entre 28 e 30 cirurgias cardíacas por mês a partir de maio. Neste ano, de janeiro a março, o hospital fez 34 cirurgias deste tipo.

 

Segundo o diretor-geral da unidade, Eduardo Crosara Gustin, o pactuado com o Município era que a HC-UFU fizesse 20 cirurgias cardíacas mensalmente, mas a crise enfrentada pelo hospital no segundo semestre do ano passado comprometeu o serviço, e a unidade fechou 2016 com 133 procedimentos realizados.

 

Outro fator que complicou o andamento da fila de cirurgias na cidade foi o fechamento do Hospital Santa Catarina, no ano passado. O hospital era responsável por outras 20 cirurgias cardíacas oferecidas pelo SUS em Uberlândia.

 

O diretor-geral do HC-UFU ressaltou que a intenção é que o HC-UFU consiga atender toda a demanda, realizando as 40 cirurgias mensais, mas ainda não é possível. “O SUS cobre parte da cirurgia, mas ainda sobram cerca de R$ 4 mil a serem pagos a cada procedimento, e esse valor é custeado pelo HC-UFU. Acreditamos que será possível realizar até 30 cirurgias por mês no hospital e a Secretaria de Saúde deve buscar conveniar outra unidade particular para que faça o restante dos procedimentos”, afirmou Gustin.

 

Ainda de acordo com o diretor da unidade, a ampliação do número de cirurgias cardíacas vai ser possível por causa de uma adequação de gestão feita no hospital. “A partir do segundo semestre do ano passado, começamos a trabalhar com 325 de um total de 516 leitos, pois não tínhamos recursos e material suficiente. Com menos leitos, foi possível fazer uma gestão melhor, pagar fornecedores. Agora já temos novos contratos com fornecedores e cerca de 450 leitos funcionando”, afirmou Gustin.

 

Outra medida que tem funcionado, segundo o diretor-geral, é a intensidade no tratamento dos pacientes. “Um exemplo: O SUS nos paga R$ 300 para cuidar de uma determinada doença de um paciente por quatro dias, se não há resultado, o paciente fica mais tempo e o SUS não paga a mais, sai do nosso bolso. Então, temos intensificado o tratamento, buscado resultados melhores para o tempo de internação e os gastos serem menores”, finalizou.

 

Prefeitura

 

A Secretaria Municipal de Saúde informou que como os casos de pacientes cardíacos são de urgência, devem ser priorizados e não estar incluídos em lista de procedimentos eletivos. Por meio de nota, a pasta reforçou que o Município está ciente da situação e tem procurado hospitais particulares que estejam interessados em se credenciar ao SUS para atendimento aos casos de alta complexidade.

 

 

RETRANCA: Pacientes

 

Ampliação reforça esperança de cirurgia

 

A notícia da ampliação do número de cirurgias cardíacas feitas mensalmente no HC-UFU deu mais esperança aos pacientes que aguardam por procedimentos.

 

Lucelena Silva Oliveira é uma das porta-vozes do grupo que se reuniu na segunda-feira (17) para cobrar agilidade ao poder público. O pai dela, José Oliveira Silva, de 78 anos, está na fila da cirurgia. “O meu pai já foi chamado e deve ser internado domingo. Tive conhecimento de um senhor que esperava por cirurgia há cinco anos e conseguiu ser atendido na última semana. Mas vamos continuar cobrando”, disse Lucelena.

 

O aposentando Sebastião Marcacine, de 59 anos, que há seis meses aguarda por um procedimento cardíaco, espera ser chamado nos próximos dias. “Era o que a gente esperava mesmo, que a fila começasse a andar. Paciente cardíaco sofre muito, com dor, com cansaço, e as cirurgias vão ajudar muito a gente”, afirmou.

 

 

 

 


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