Mais 500 presos e presas do regime semiaberto estão nas ruas de 45 municípios do estado. Quase todas as regiões estão representadas na iniciativa: Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Mucuri, Triângulo, Sul, Norte, Noroeste, Oeste Metropolitana e Central.
Os detentos trabalham no combate à dengue, limpeza de lotes vagos e córregos, varrição de ruas e manutenção de cemitérios. Essas atividades são realizadas por meio de parcerias entre as prefeituras e a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap).
Os homens e mulheres saem de manhã e retornam no fim da tarde. Nas ruas, vestem o uniforme das prefeituras ou uma camiseta e calça jeans. O uniforme vermelho de detento fica na unidade prisional, mas em todos os municípios a população sabe que há presos cuidando da limpeza de avenidas e ruas.
Juiz de Fora, na Zona da Mata, tem o maior número de presos em uma parceria de trabalho com o Sistema Prisional. O diretor operacional do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), Tiago Rocha dos Santos, diz que os moradores apoiam as atividades.
No Triângulo, 13 homens e duas mulheres do Presídio de Sacramento participam da limpeza de jardins, varrição e manutenção do ginásio poliesportivo. As atividades são realizadas de segunda a sábado, das 7h às 16h. “É uma oportunidade digna de os presos cumprirem a pena e ressarcirem a sociedade pelos danos causados”, afirma o diretor-geral do presídio, Leandro Fachinelli Toledo.
Os presos têm direito à remição de pena. Para cada três dias de atividades, um a menos na condenação. A remuneração é de ¾ do salário mínimo. Eles devem estar no regime semiaberto e ser aprovados pela Comissão Técnica de Classificação (CTC): grupo multidisciplinar de profissionais da unidade prisional, das áreas de segurança, jurídica, saúde e psicossocial.
Há casos especiais, autorizados pelo juiz da Comarca, de presos do regime fechado em atividades externas de trabalho.