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06/02/2017 às 08h38min - Atualizada em 06/02/2017 às 08h38min

Câncer de mama mata 8,3 milhões

Exame de mamografia é um dos aliados na luta contra a doença e deve ser feito a partir dos 40 anos de idade

ADREANA OLIVEIRA | EDITORA
Ricardo Vital diz que acesso ao exame ajuda na prevenção

 

     Hoje é 4 de fevereiro, Dia Mundial do Câncer e amanhã, 5, é o Dia Nacional da Mamografia, que foi instituído há dois anos em um Projeto de Lei para lembrar que o câncer de mama é o que mais mata mulheres no mundo. Os oncologistas têm motivos de sobra para alertar a população sobre a doença, que mata 8,3 milhões de pessoas por ano. Homens também são vitimados por este câncer, mas em menor número. Estima-se que até 2030, ao menos 21,7 milhões de pessoas terão algum tipo de câncer e 13 milhões morrerão em decorrência da doença.

A maior incidência do câncer de mama se dá, na maioria dos casos, dos 45 aos 65 anos, mas já é notado o aumento particularmente entre pacientes jovens, abaixo de 40 anos. Atualmente, o câncer é responsável por uma em cada sete mulheres mortas no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares em causa de mortes. Por esse motivo a mamografia é de extrema importância. A Comissão Conjunta de Imaginologia Mamária do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomenda o rastreamento do câncer de mama com mamografia para as mulheres a partir de 40 anos (exame de rastreamento), assim como para todas as faixas etárias na presença de sintomas (exame diagnóstico).
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. 
“A recomendação do Ministério da Saúde é que as mulheres em geral comecem a fazer o acompanhamento através da mamografia a partir dos 40 anos, com intervalos de um a dois anos. Mas é claro que há casos e casos. Se a pessoa tem histórico de câncer de mama na família ou se há suspeita de nódulos ou tumores é preciso se antecipar”, explica o médico radiologista e responsável técnico do setor de imagem do Laboratório IPAC/Grupo Sabin, Ricardo Vital.
Ainda segundo o médico, um dos problemas no Brasil, no que diz respeito à prevenção, é justamente o acesso aos exames de rotina. De acordo com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, somente 34% das brasileiras que estão na faixa etária de maior risco – entre 50 e 69 anos – fazem a mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Na rede privada esse acesso é maior, mas ainda assim existem pacientes que não fazem o exame na periodicidade correta. A doença é silenciosa e somente através do diagnóstico correto é possível reduzir o número de vítimas que a doença faz por ano”, afirma Vital.

 

 

Alimentação pode ajudar na prevenção do câncer

     Estimular a reflexão sobre a contribuição de cada um para a redução do impacto do câncer está entre os propósitos da campanha do Instituto Nacional de Câncer (INCA) “Nós podemos. Eu posso” no Dia Mundial Do Câncer, celebrado hoje. Isso, porque o desenvolvimento da doença também está ligado a causas evitáveis, responsáveis pela perda de 709,5 mil pessoas entre 1996 e 2014 no Brasil - 57% do número total de mortes por câncer no período, segundo o INCA.
Entre as causas evitáveis, estão a alimentação e a nutrição - classificadas como segunda causa de câncer que pode ser prevenida, responsáveis por até 20% dos casos de câncer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes pela doença, conforme o INCA.
“A alimentação deve ser rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas, de preferência orgânicos, além de carnes brancas, não preparadas em altas temperaturas, como grelhadas, fritas e assadas em brasa. Os vegetais têm o poder de inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e, ainda, consertar o DNA danificado quando a agressão já começou ou mesmo de promover a morte de células já doentes”, diz a nutricionista da Med Care, Carolina Padua.
A vertente da nutrição funcional indica as propriedades terapêuticas dos alimentos, na prevenção e tratamento de doenças específicas. “A ideia da alimentação funcional é evidenciar o papel que os nutrientes têm no crescimento, desenvolvimento, manutenção das funções do organismo humano. No caso dos pacientes oncológicos, por exemplo, os alimentos antioxidantes são muito importantes, pois a doença e seu tratamento provocam o envelhecimento e a morte celular”, afirma a nutricionista.

    


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