Minas Gerais fechou o ano de 2016 com déficit orçamentário de R$ 4,163 bilhões. A receita total foi de R$ 83,965 bilhões e a despesa de R$ 88,129 bilhões. O resultado é melhor do que o estimado na Lei Orçamentária Anual (LOA), que previa déficit de R$ 8,9 bilhões para o ano passado.
Os dados são do Relatório de Gestão Fiscal 2016, que foi apresentado ontem pelos secretários de Estado de Fazenda, José Afonso Bicalho, e de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães.
Em razão da grave crise financeira que assola não só o Estado, mas a maioria dos entes federativos e a União, o Governo de Minas Gerais lançou mão de iniciativas para aumentar a arrecadação e conter despesas.
A principal medida foi a renegociação da dívida com a União, que permitiu ao governo mineiro deixar de pagar cerca de R$ 3 bilhões em 2016. Outra medida foi a venda da folha de pagamento do Estado para o Banco do Brasil, que renderá aos cofres públicos mineiros R$ 1,850 bilhão em cinco anos, dos quais R$ 1,4 bilhão já foram pagos em dezembro passado.