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05/01/2017 às 08h42min - Atualizada em 05/01/2017 às 08h42min

Ao menos R$ 80 milhões serão necessários para normalizar a rede municipal de Saúde

Portal da Prefeitura

 



 

O secretário municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues, aproveitou a visita técnica realizada, na tarde desta quarta-feira (4), ao Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro, para pontuar os desafios que a atual gestão municipal enfrentará para recuperar a rede de saúde do Município.

Segundo o secretário, por exemplo, será necessário levantar ao menos R$ 80 milhões para quitar a herança de dívidas trabalhistas e normalizar o abastecimento de insumos (remédios, materiais, dentre outros) às unidades de saúde de Uberlândia. “Só considerando os salários atrasados de dezembro de 2016, bem como 13º,  são quase R$ 47 milhões. Em outra frente, para abastecer a rede, dimensionamos um gasto de R$ 2 milhões ao mês. Ou seja, R$ 12 milhões em um semestre. Estamos ainda fazendo levantamentos e, a cada dia, adaptamos os cálculos à uma nova realidade de problemas que são encontrados”,  disse Rodrigues, durante a visita, que foi acompanhada pela imprensa da cidade.

Rodrigues destacou que o levantamento sobre a situação da rede como um todo começou pelo Hospital Municipal. Isso devido ao fato de a unidade ser considerada a “espinha dorsal” da Saúde municipal.  “O hospital tem um déficit de custeio de R$ 32 milhões. Montante que deveria ter sido repassado em 2016. Algo que, em caráter global, diminuiu em 30% o número de atendimento e procedimentos realizados na unidade”, disse.

 Situação que levou o hospital à uma situação alarmante - há 45 leitos desativados, sendo 10 de UTI e outros 35 de internação. Os equipamentos de imagens também estão funcionando parcialmente. O Mamógrafo e o tomógrafo estão parados por falta de conserto, desde outubro de 2015 e julho de 2016, respectivamente. A engenharia hospitalar ainda aguarda verba para fazer manutenção de 30 monitores multiparâmetros, 100 bombas de infusão, 15 bombas de seringa, 11 ventiladores mecânicos e duas incubadoras de transporte. Para resolver todos estes problemas, a Secretaria Municipal de Saúde prospecta a necessidade de haver um aporte de R$ 4,6 milhões.

“Estou passando toda a realidade ao prefeito Odelmo Leão para que possamos traçar uma solução o mais breve possível neste caso específico. Se não pudermos gastar R$ 4,6 milhão de uma só vez, vamos tentar resolver com montantes menores até que toda a situação seja resolvida”, disse. A defasagem e o atraso nessas resoluções também se junta à sobrecarga da rede gerada pelo fechamento de 50% dos leitos do Hospital de Clínicas da UFU, ao fechamento do Hospital Santa Catarina e a cobertura de aproximadamente 15 mil servidores estaduais que estão sem convênio, além das famílias cujos pais e mães ficaram sem emprego neste último ano e que pararam de pagar plano de saúde.


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