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29/05/2017 às 14h26min - Atualizada em 29/05/2017 às 14h26min

Os pilares da autogentileza

KELLY BASTOS* | COLUNISTA

MEDITAÇÃO

Ao Senhor, meu Deus, que pode todas as coisas, toda honra e todo louvor!

 

BOM DIA

Vá em frente, não fraqueje!

Perdas, derrotas, dificuldades... Tudo isso é ruim e difícil de encarar de cabeça erguida. Mas, se entregarmos os pontos toda vez que algo der errado, a vida se tornará um eterno sofrimento. E não é para isso que estamos aqui, não é mesmo? Viver é querer se superar a cada instante. Só assim nos fortalecemos para enfrentar a próxima batalha, e a outra e a outra... Porque, ainda que existam forças contrárias, com ânimo e persistência, sempre é possível recomeçar.

Outra coisa: experimentar o fracasso em alguns momentos pode significar uma maneira de descobrirmos o caminho a não seguir. E, assim, nos é dada a chance de continuarmos caminhando por outras rotas, porém com o mesmo propósito: alcançar o que idealizamos. Algo ruim aconteceu? Mantenha a esperança viva em seu coração, vá em frente e não fraqueje. Resista sem jamais perder a confiança de que, depois da tempestade, o sol, certamente, voltará a brilhar. Pensem nisso, gente! Boa semana!

 

COMPORTAMENTO

A autogentileza abre as portas para a serenidade e o aprendizado. Cultive-a!

Quando algo foge do nosso controle, podemos escolher a ira e seus desdobramentos nocivos ou um caminho sereno, de aceitação e aprendizado. Sabemos que há pedras no caminho. E, não raramente, elas atravessam nossos planos e a linha reta que tentamos traçar vira um borrão. Pode ser um acontecimento sério, como também situações imprevistas, longe de serem trágicas, mas que nos assustam ou complicam o dia. Quando nos damos conta, já nos aborrecemos e perdemos o equilíbrio. Mas não precisa ser assim. A psicóloga Eliana Alves Pereira, nossa consultora, ensina que “para contornar a tensão, precisamos pegar mais leve e relativizar as coisas. No dia a dia, as pessoas exigem muito de si e até se maltratam. A gentileza para consigo mesmo é reflexo da atitude oposta, do autocuidado, do autoamor, que prevalece quando conseguimos nos ver com bons olhos”, diz a psicóloga. Comece já essa transformação positiva na sua vida!

 

OS PILARES DA AUTOGENTILEZA

ACEITAÇÃO

O primeiro passo para modificar a resposta a qualquer situação que nos leva a atitudes extremas é aceitar que eventos desagradáveis acontecem. Todo mundo comete erros. É normal esbravejar, xingar-se e até fazer escândalo. Contudo, podemos superar esse padrão e reconhecer que, sim, aconteceu, mas estamos lidando com a adversidade da melhor maneira possível. “Nossa tendência frente às contrariedades é não aceitá-las, e isso dificulta as coisas”, ressalta Eliana. O melhor exercício mental é  prestar atenção às experiências do presente com curiosidade, sem interpretar ou julgar os fatos com base em experiências passadas. Você pode até continuar se irritando no trânsito, por exemplo, mas vai, aos poucos, melhorar sua resposta a esse estímulo, já que terá estoque de calma e “centramento”.

LUCIDEZ

Quando coisas ruins acontecem, temos a chance de revisar algumas atitudes e adotar estratégias mais positivas. Em vez de praguejar, podemos começar aquele processo de compreensão que tanto queremos e que significa reagir sem violência. A consciência adquirida é o que nos leva a ponderar sobre os fatos e a nos conhecermos melhor: “Como é esse erro que acabei de cometer?”, “Como eu estava quando reagi dessa forma?”; “O que pensei naquele instante?”; “Como meu corpo foi afetado por isso?”. “Não se trata de um procedimento analítico, e, sim, de uma conexão consigo mesma num espaço interno de silêncio”, destaca a profissional. Esse entendimento nos ajuda a ficar mais receptivos com aquilo que a vida traz, da forma como ela traz, e interromper o fluxo da raiva.

GENTILEZA

Quanto mais resistimos aos problemas, às situações contrárias, mais nos maltratamos. Quanto mais flexíveis somos, menos nos desgastamos. “Se formos capazes de passar pelas fases da preocupação e ansiedade, agiremos com mais abertura perante a vida”. Outra grande conquista desse treino rotineiro é ser capaz de dar aos problemas sua proporção real, o que funciona como uma blindagem contra a autodepreciação. E, quando somos menos reativas, menos agressivas, as pessoas à nossa volta passam a agir da mesma maneira. Isso gera uma vibração suave que, aos poucos, toma conta do círculo de relacionamentos.

 

NA TRILHA DO AUTOPERDÃO

Muitas vezes, lembra Eliana Alves Pereira, não conseguimos ser gentis com nós mesmas porque deixamos que vozes destrutivas que nos marcaram, como “você só faz coisa errada”, continuem reverberando. “Se acreditarmos nisso, não vamos ser capazes de sentir autocompaixão”, alerta. Para neutralizar esse condicionamento, propomos alguns exercícios elaborados pela psicóloga.  “Eles cultivam emoções positivas acerca de nossa natureza.”

1. Sente-se confortavelmente numa cadeira, com a coluna reta, as pernas descruzadas e os pés bem apoiados no chão.

2. Feche os olhos e observe a respiração por três a cinco minutos. Mentalize as seguintes frases, observando como se sente ao repeti-las internamente, em silêncio: “Eu posso me aceitar como eu sou”, “Eu posso entrar em contato com o que estou sentindo”, “Eu posso ser gentil comigo mesma”, “Eu posso me amar como eu sou”.

3. Repasse as frases lentamente por cinco a dez minutos. Fique à vontade para incluir outros dizeres cheios de amor.

Bora colocar em prática?

 

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