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25/10/2019 às 08h58min - Atualizada em 25/10/2019 às 08h58min

A sabedoria dos ditados populares

CELSO MACHADO

Gosto muito de expressões populares pela capacidade que têm de transmitir, de uma forma bastante clara, conceitos valiosos. Dentre elas tem uma que ouvi do amigo Waldyr Bonnas, de tantas e tão boas passagens pela produção áudio visual de nossa cidade, que volta e meia me vem a memória: “o ridículo é igual mau hálito, quem tem não percebe!”.

Diante de tantas manifestações, posições e atitudes que estamos assistindo com intensidade, nada melhor do que ela para tentar entender porque tem pessoas que agem assim. Comportamentos totalmente impertinentes praticados com absoluta normalidade, sem o mínimo constrangimento. Com uma cara de pau que deixa até a própria madeira sem graça.

Com certeza, além da auto-avaliação, faltam amigos, colaboradores, parceiros que lhes falem a verdade. E o mais importante, que ao escutar, não justifiquem nem se defendam; pelo contrário, reflitam e avaliem. Da última vez que me lembrei desta expressão fiz um novo desdobramento, mudando ridículo para egoísmo. Cabe do mesmo jeito, “egoísmo é como mau hálito, quem tem não desconfia”.

Só que desta vez não me referi aos outros, mas a mim. Diante de uma situação vivida, minha consciência resolveu fazer esse papel de me mostrar a verdade. De como agi pensando exclusivamente com meu umbigo. Não foi nada sério e a pessoa com quem fui egoísta, não sei se por não ter percebido ou talvez por ter se acostumado, nem ficou aborrecida. Realmente foi uma situação banal, corriqueira e sem maiores desdobramentos.

Mas foi o bastante para me incomodar. E não acomodar. Não posso garantir que vou conseguir mudar totalmente, mas espero ficar mais atento. E diante de uma situação que estiver me aborrecendo avaliar se não sou eu que está agindo equivocadamente. E também ser menos crítico com o juízo que estiver fazendo sobre gestos de egoísmo dos outros. Ser mais tolerante e compreensivo. Até para não ter que lembrar de outro ditado igualmente contundente: “cuidado quando estiver achando uma pessoa chata, porque o chato muitas vezes não é ela: é você mesmo!”.

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.




 

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