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25/03/2022 às 17h50min - Atualizada em 25/03/2022 às 17h50min

Somente 30% dos carros em circulação no Brasil possuem algum tipo de seguro

ESPECIAL PARA O DIÁRIO | EM PARCERIA COM EMP
O mundo está vivenciando uma nova e acrescentada percepção dos riscos, o que faz com que o mercado de seguros se movimente na procura de inovação e de desenvolvimento da ideia de prevenção na população.
 
No caso do Brasil, a cultura dos seguros ainda tem muito a crescer levando em conta que, no PIB brasileiro, a participação dessa indústria é apenas de 6,7%, um valor bastante baixo se comparado com os países mais desenvolvidos. Para entender qual é a relação dos brasileiros com os seguros basta dar uma olhada no setor de apólices de carro, um dos mais populares. No país, somente 30% dos veículos que circulam pelas ruas e estradas estão protegidos com algum tipo de cobertura.
 
Os dados são preocupantes em termos de segurança: isso significa que 70% dos carros e motocicletas que dia a dia passam na nossa frente não possuem seguro nenhum, e que, em caso de ocorrência de algum tipo de acidente, não terão o apoio da companhia seguradora para a reparação dos danos ou possíveis indenizações.
 
Mesmo que o ideal seria não ter que utilizá-lo,
o seguro carro resulta essencial para evitar maiores danos diante dos perigos aos quais os carros ficam expostos. É só dar uma olhada nos dados oficiais. Apenas no ano passado, segundo a Polícia Rodoviária Federal, 64 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais, provocando um custo de R$12,9 bilhões.
 
E não é apenas sobre acidentes e carros batidos. De acordo com dados do
Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP), entre 2015 e 2019, mais de 1 milhão de denúncias por roubo de carros foram registradas no Brasil e, nos primeiros três meses de 2020, 70% dos crimes do Brasil, foram roubos ou furtos de veículos. 
 
Mas então, conhecendo todos esses riscos, porque é que as pessoas não contratam algum tipo de cobertura para os seus carros?
 
A resposta é bem simples: por dinheiro. A realidade é que, após a pandemia, foram muitas as famílias que viveram perdas de emprego e diminuição dos seus ingressos.
 
Ao mesmo tempo, devido às medidas preventivas de contágios e o incremento das modalidades virtuais de estudo e trabalho, o carro passou a ficar mais tempo parado dentro de casa, portanto, a ideia de deixar de contratar o seguro, tirando mensalidades do orçamento, foi muito atraente. Mas, como todo mundo fala, o barato sai caro. Nem anos de mensalidades do seguro poderiam compensar o valor de um carro novo, caso sofresse o furto do veículo sem seguro. 
 
Poder oferecer coberturas mais em conta é um dos desafios das companhias do setor, e as normativas do governo precisam acompanhar essa mudança. Por enquanto, parece que a
circular N°639 aprovada pela Susep no ano passado já está gerando alguns efeitos nesse sentido. É que a nova regulamentação favorece a flexibilização das ofertas de apólices, deixando as opções mais baratas. Isto porque são os próprios clientes que podem escolher quais tipos de riscos irão ficar incluídos no seguro a ser contratado, tirando algumas coberturas desnecessárias segundo o estilo de vida deles. 


Essa publicação é de responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do Diário de Uberlândia

 
 
 
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